Diferente das eleições no Brasil, os Estados Unidos apresentam um modelo próprio e, para muitos, até confuso. Com um sistema indireto, os eleitores escolhem os delegados dos seus estados.
O colégio eleitoral americano apresenta o número de 538 delegados, sendo 270 a quantidade necessária para vencer. O número de delgados por estado é proporcional ao tamanho da população.
O sistema adota o modelo de “o vencedor leva tudo”, ou seja, o presidenciável, ao atingir maioria, fica com todos os delegados do estado.
Estados pêndulos no sistema eleitoral
Existem estados em que historicamente o seu resultado é mais previsível, enquanto outros variam em cada eleição. É o que explica o professor de Relações Internacionais, Rauan Neto.
“Você tem os estados tradicionalmente democrata, como é o caso da Califórnia, com 54 delegados. Enquanto que existem os estados tradicionalmente republicanos, como a Flórida, com 30 delegados. O cálculo que Kamala Harris faz é que fazer campanha na Flórida é desperdício de dinheiro. O mesmo para Trump, que não faz campanha na Califórnia”, explicou em entrevista ao PSNotícias.
A campanha se centra então nos estados pêndulos, aqueles que em cada pleito podem tender para diferentes lados. Dentre eles, o professor destaca o papel da Pensilvânia.
“No último dia de campanha, tanto Kamala Harris, quanto Donald Trump, fizeram campanha na Pensilvânia. Um estado pêndulo chave, com capacidade de mudar o rumo das eleições”, acrescentou.
Com as apurações já acontecendo, Donald Trump venceu esta região, por 50,8% dos votos, contra 48,2% de Kamala Harris. As projeções dessa madrugada fizeram com que o candidato já discursasse em tom de vitória.
Ao todo são sete estados pêndulos: Pensilvânia (19), Geórgia (16), Carolina do Norte (16), Michigan (15), Arizona (11), Wisconsin (10) e Nevada (6)
“Com essa questão dos estados pêndulos e do ganhador leva tudo, existe a possibilidade real de quem ficou com mais perder o pleito. Foi o caso de Hillary Clinton ao perder, em 2020, para Donal Trump”, finalizou Neto.