O bilionário Elon Musk desistiu do acordo de compra do Twitter. O comunicado foi realizado por ele nesta sexta-feira (8), em documento enviado à SEC, órgão americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários, no qual ele afirmou que houve uma violação de várias disposições do acordo.
A situação começou a declinar quando o bilionário passou a questionar a plataforma acerca do número de contas falsas e de spam. Ele desejava realizar a sua própria análise e já havia ameaçado desistir se não pudesse.
A empresa alega que os perfis fake representam menos de 5% de sua base de 229 milhões de usuários mas, de acordo com Musk, a sua análise parcial a partir de dados fornecidos pela companhia mostram que o número é maior. Segundo seus advogados, tudo indica que as informações divulgadas sobre as contas suspeitas são "falsas ou materialmente enganosas".
"A análise preliminar dos consultores de Musk das informações fornecidas pelo Twitter até o momento faz com que Musk acredite fortemente que a proteção de contas falsas e de spam incluídas na contagem de usuários relatada é muito superior a 5%", afirmam advogados do bilionário.
No entanto, a rede social afirmou que irá recorrer à Justiça para fazer valer a negociação.
Em abril, o acordo de compra foi firmado em US$ 44 bilhões (cerca de R$ 231 bilhões na cotação desta sexta-feira). Antes da oferta da compra, Musk adquiriu 9% das ações da rede social. Em maio, ele chegou a afirmar que as contas suspeitas poderiam representar 20% da base de usuários.