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Demora em associar ruído a submarino que desapareceu causa polêmica na Argentina

As informações dessas estações foram cruzadas com outras, obtidas pela megaoperação de busca e resgate

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imagem de arquivo do submarino no mar

A pista mais concreta sobre o submarino argentino que desapareceu na semana passada, com 44 pessoas a bordo, foi fornecida pela Organização do Tratado de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares (OTPCE), com base em Viena, na Áustria. No dia 15 de novembro, duas estaçoes hidro-acústicas detectaram “um sinal incomum”, produzido três horas após a última comunicação da tripulação com a base e a 48 quilômetros do local onde o submarino estava.

As duas estações, que registraram um ruído “consistente com o de uma explosão debaixo da água”, ficam na ilha britânica de Ascenção, no Atlântico, e o arquipélago francês de Crozet, ao sul do Oceano Índico. Ambas formam parte de uma rede internacional, montada pelos membros da OTPCE, para monitorar a realização de testes nucleares que possam ameaçar a paz mundial.

As informações dessas estações foram cruzadas com outras, obtidas pela megaoperação de busca e resgate, da qual participam 12 países, além da Argentina. A conclusão, divulgada pela Marinha argentina nessa quinta-feira (23) de manhã, foi de que houve uma explosão no submarino. Navios e aviões foram mobilizados para buscar o ARA San Jose no local indicado pelos sensores, mas as esperanças de encontrar alguém com vida são pequenas. Um submarino só tem capacidade para armazenar oxigênio durante oito dias. Depois, precisa subir à superfície para renovar o ar – coisa que, tudo indica, não ocorreu.

Agencia Brasil // Ao