Uma caravana com cerca de 200 migrantes chegou nesta segunda-feira (30) à fronteira entre o México e os Estados Unidos, onde pretendem pedir refúgio.
As pessoas são provenientes de países da América Central, principalmente de Honduras, e cruzaram o território mexicano em trens de mercadorias, ônibus e até a pé.
Elas estão concentradas em Tijuana, após as autoridades dos Estados Unidos terem bloqueado temporariamente as entradas devido à superlotação da passagem de San Ysidro, em San Diego.
A caravana iniciara em 25 de março, na fronteira entre México e Guatemala, em uma viagem acompanhada de perto pelo governo de Donald Trump, que a chamou de uma “ameaça” para os Estados Unidos.
Os migrantes afirmam que não querem entrar ilegalmente nos EUA.
“Não somos criminosos, somos trabalhadores”, dizem alguns cartazes levados pelos centro-americanos. Do lado californiano da fronteira, alguns ativistas levantaram placas dando as “boas-vindas”, postura que não encontra acolhida em Trump.
Nas últimas semanas, o presidente usou seu Twitter para publicar mensagens condenando as caravanas. Em uma delas, afirmou que os EUA estão sendo “roubados” por migrantes sem documentos. Em outro, disse que o México “tem o poder absoluto” de evitar essas viagens.
O grupo inclui homens, mulheres, crianças e idosos que fogem não apenas da pobreza, mas também da violência e das chamadas “maras”, gangues criminosas que atuam sobretudo em Honduras, El Salvador e Guatemala.
Em reunião com congressistas em janeiro, Trump teria se referido a países da América Central, incluindo El Salvador, como “buracos de merda”. Ele nega ter usado essas palavras.
Da redação com informações da ANSA // ACJR