O homem suspeito de abrir fogo contra policiais em Dallas, matando cinco deles e ferindo outros sete, foi identificado como o morador doTexas Micah Johnson, de 25 anos, informaram meios de comunicação americanos nesta sexta-feira (8).
Johnson vivia no subúrbio de Mesquite, em Dallas, informaram as emissoras de TV CBS News e a NBC News.
Ele foi morto após confronto com a polícia.
O chefe de polícia de Dallas, David Brown, disse que foi usado um "robô-bomba" para conseguir deter o franco-atirador após ele se entrincheirar em um estacionamento de um prédio no centro da cidade.
"Nós tivemos troca de tiros com o suspeito. Não vimos nenhuma outra opção e tivemos que usar nosso robô-bomba", disse Brown.
Durante a negociação com a polícia, o atirador disse que queria matar policiais brancos, informaram autoridades nesta sexta-feira (7).
"O suspeito afirmou que estava decepcionado sobre o (movimento) Black Lives Matter (vidas de negros importam)", afirmou Brown, que é negro. "Ele disse que estava decepcionado com as ações recentes da polícia, decepcionado com brancos. O suspeito afirmou que queria matar pessoas brancas, especialmente policiais brancos", acrescentou o chefe de polícia.
Em conversas com policiais, o suspeito disse que não era filiado a qualquer grupo, segundo Brown.
O ataque ocorreu em uma semana em que dois negros foram mortos a tiros por policiais brancos em Baton Rouge, na Luisiana, e nos arredores de Mineápolis. As mortes, ambas objeto de investigações oficiais, atiçaram as tensões a respeito de raça e Justiça nos EUA.
Os disparos aconteceram no momento em que um protesto em Dallas terminava, fazendo manifestantes gritarem e correrem em pânico pelas ruas da cidade.
Foi o dia mais mortal para a polícia do país desde os ataques de 11 de setembro de 2001, em Nova York e Washington.
Um total de 12 policiais e dois civis foram baleados durante o ataque, disse o prefeito de Dallas, Mike Rawlings. Três dos policiais alvejados eram mulheres, informou.
Entre os policiais que foram mortos pelo atirador estão Brent Thompson, de 43 anos, que trabalhava na agência de trânsito, e Patrick Zamarripa, do Departamento de Polícia de Dallas.
(Reprodução: G1)