A explosão de um carro-bomba deixou oito mortos e mais de 100 feridos nesta sexta-feira (4), em Diarbaquir, a capital das zonas curdas da Turquia. As autoridades atribuíram o ataque à guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
A ação aconteceu horas depois que as autoridades detiveram ao menos 12 parlamentares em um inquérito sobre terrorismo, de acordo com a Associated Press (AP).
Entre os detidos estão Selahattin Demirtas e Figen Yüksekdag, que dirigem juntos o Partido Democrático dos Povos (HDP). As prisões fazem parte dos expurgos lançados pelo governo desde o golpe de Estado frustrado de julho e que atinge em cheio os setores pró-curdos.
Explosão
A explosão aconteceu cerca de 200 metros de uma prisão e de uma delegacia de polícia e afetou vários carros e casas em uma área de um quilômetro quadrado, segundo o gabinete do governador de Diarbaquir, informou a agência Efe.
O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou que entre os mortos estão policiais e civis. Entre os feridos, sete permaneceram internados, segundo a AP.
A detenção dos líderes curdos aumenta preocupações entre aliados do Ocidente sobre uma repressão mais profunda contra dissidentes do presidente Tayyip Erdogan, segundo a Reuters.
As prisões, que gerou condenação imediata da União Europeia. A chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, disse em publicação no Twitter que está "extremamente preocupada" com as prisões e disse ter convocado encontro com embaixadores da UE em Ancara. Berlim anunciou, por sua vez, que convocou o encarregado de negócios turco, segundo a France Presse.
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