Uma manifestação contra o aumento no preço da gasolina no México, conhecido como "gasolinazo", terminou com 21 pessoas detidas, ao menos 10 feridos, danos ao Palácio do Governo e duas lojas saqueadas na cidade de Monterrey, no estado de Nuevo León, segundo autoridades.
Manifestações, bloqueio de rodovias e saques a postos de gasolina e lojas têm sido registrados pelo país após o governo do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, desregulamentar os preços dos combustíveis – o que fez com que o preço da commodity subisse até 20% para a população.
Na quarta-feira (4), mais de 160 pessoas foram detidas no estado do México, no México, também durante protestos contra o "gasolinazo". O governo estadual afirmou que os 126 adultos e 35 menores de idade foram detidos "por diversos atos de vandalismo".
Nesta quinta-feira (5), mais de 10 mil pessoas se reunieram em frente ao Palácio do Governo de Nuevo León, no centro de Monterrey, segundo a agência de notícias Efe.
A manifestação contra o "gasolinazo" em Monterrey acabou em vandalismo após um grupo de jovens jogar pedras e fogos contra os policiais que guardavam o prédio. As pedras quebraram seis grandes vitrais históricos.
A polícia revidou, e os jovens responderam com mais pedras e outros objetos. Manifestantes também utilizaram cercas metálicas colocadas pela própria polícia para atirá-las contra os agentes de segurança.
Segundo o porta-voz estadual de Segurança, Aldo Fasci Zuazua, os 21 jovens detidos enfrentaram a polícia. "Foi um grupo de jovens que incendiou uma manifestação que acontecia de maneira pacífica", afirmou Zuazua.
Entre os feridos estão quatro jornalistas, atingidos por policiais.
Enquanto ocorriam os confrontos no centro, dezenas de pessoas saquearam duas filiais de lojas de móveis no noroeste da cidade. Centenas de pessoas entraram nas lojas Famsa e Coppel para saquear roupa, aparelhos eletrodomésticos e outros artigos.
Soldados do Exército foram mobilizados para tentar conter os confrontos no centro da cidade e os saques a lojas.
Reprodução: G1