Moradores da comunidade Prainha, na Ilha de Maré, realizaram nesta quinta-feira (8) um ato contra a morte da população local em razão da poluição química à qual estão submetidos.
O movimento foi iniciado na Prainha, com uma cruz simbolizando os moradores que já se foram, e seguiu para a Baía de Aratu, passando pela refinaria Landulfo Alves e pela comunidade de Porto dos Cavalos.
Cerca de 110 pessoas participaram do ato. “O movimento de pescadores e comunidade da ilha não vai se calar diante da barbárie que o estado quer fazer com a população”, reforçou Eliete Paraguaçu, uma das coordenadoras do Conselho Quilombola de Ilha de Maré e da colônia de pescadores da região. Logo após o protesto, os manifestantes se reuniram em assembleia na praça da comunidade de Porto dos Cavalos.
“Foi um ato importante para que as pessoas fiquem sabendo do risco que a população tem sofrido”, disse Eliete. Os moradores se colocam também contra um projeto do governo estadual que retira dispositivos que asseguram proteção ambiental à Prainha.
. A proposta foi retirada da pauta de votações da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), após uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) (entenda aqui).
Este projeto substitui um texto de 2014 que trata do mesmo assunto, mas não inclui dois incisos referentes à Prainha. O governo estadual é acusado de, com essa matéria, tentar favorecer a petroquímica Braskem nos planos de expandir o Porto de Aratu.
O Estado ingressou com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal (STF), para declarar inconstitucional uma lei municipal que coloca a região da Prainha como zona de preservação ambiental
(Ba.Noticias) (AF)