Os médicos do Hospital Regional de Juazeiro decidiram entrar em greve geral a partir do dia 28 contra o descaso do governo do estado em relação às necessidades de melhoria na instituição. A mais recente tentativa de entendimento com a Sesab foi na terça-feira (21), em audiência no Ministério Público convocada naquela cidade, mas a secretaria não enviou ninguém para discutir a reestruturação do hospital e a garantia de regularização dos repasses, dentre outros assuntos.
O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, foi a Juazeiro participar da audiência
O Hospital Regional de Juazeiro é referência na região em clínica médica e clínica cirúrgica, sendo procurado por comunidades de 53 municípios da rede PEBA (Pernambuco e Bahia). Além da garantia da regularização dos repasses para pagamento de pessoal e compra de insumos, são necessários novos aparelhos. A instituição é administrada pela Associação Proteção à Maternidade e à Infância de Castro Alves (APMICA).
MOBILIZAÇÃO
Durante a paralisação por tempo indeterminado, só serão atendidos os pacientes já internados, casos de urgência e emergência e a demanda da ambulância avançada do Samu, segundo o clínico José Carlos Tanure Júnior, delegado do Sindimed na região. Tanure Júnior lembrou que a categoria já havia feito uma paralisação de advertência nos dias 14 e 15 na tentativa de pressionar a Sesab a apresentar um cronograma de atendimento dos pleitos. Contudo, a secretaria segue indiferente às necessidades dos médicos.
O hospital tem 74 médicos e, na ausência do atendimento normal, o público tem como alternativas imediatas a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Juazeiro e o Hospital Universitário de Petrolina (PE). A categoria permanece em estado de assembleia permanente e deverá nos próximos dias se reunir para discutir a estratégia de mobilização. O quadro de médicos do Hospital Regional de Juazeiro é todo celetista, ao contrário dos demais hospitais estaduais entregues à terceirização, que precariza as relações de trabalho.
(Sindimed)