Manifestação

Manifestantes se reúnem, no Rio, em defesa da Lava Jato e contra a corrupção

Protesto foi convocado pelas redes sociais através do movimento "Vem pra rua". Concentração em Copacabana começou por volta das 10h.

NULL
NULL

 

Pôster do juiz Sérgio Moro foi colocado no carro de som que acompanha a multidão em Copacabana (Foto: Alexandre Durão)

 

Chuva e vento na manhã deste domingo (4) não intimidaram manifestantes que foram a Copacabana, Zona Sul do Rio, participar de um protesto em defesa da Operação Lava Jato, e contra as mudanças nas medidas propostas pelo Ministério Público Federal para combater corrupção.

"As principais [pautas] são: primeiro, defesa total à Lava Jato; as dez medidas sorrateiramente empurradas e modificadas; contra esse jogo sujo e antigo de fazer política, achando que é o quintal da casa deles e contra a corrupção em geral", disse uma das coordenadoras do Vem Pra Rua, Adriana Balthazar.

A concentração começou tímida por volta das 10h e, logo depois, se multiplicaram as camisas amarelas, guarda-chuvas e capas com as cores da brandeira brasileira.

 

Manifestante declara apoio ao juiz Sérgio Moro (Foto: Alexandre Durão)

 

Muitos dos que foram ao bairro da Zona Sul carioca exibiam cartazes com mensagens de apoio ao juiz Sérgio Moro, encarregado por julgar processos ligados à Lava Jato.

Ambulantes aproveitavam para vender "pixulecos", apelido dado a bonecos infláveis caracterizados como políticos. Entre os personagens, a tradicional representação dos ex-presidentes Lula e Dilma vestidos como presidiários. A inovação era um bonequinho do juiz Sérgio Moro vestido de super-herói.

"O povo está muito humilhado, oprimido. Não tem emprego, não tem segurança, não tem trabalho, não tem nada. Nesse Brasil não tem mais nada. Esses políticos não têm vergonha na cara e infelizmente a gente está pagando o preço. Eu vou dizer uma coisa para você que é jovem [se referindo ao repórter]: eu tenho direito de fazer isso aqui, ó, montar nesse cavalo e vir aqui, em Copacabana. Eles [os políticos] não podem sair, ir a lugar nenhum", disse.

(1) (AF)