Nesta sexta-feira (28), milhares de trabalhadores ameaçam cruzar os braços, quase 100 anos após a primeira greve geral da história do Brasil, ocorrida em julho de 1917. O protesto é uma resposta ao pacote de medidas lançadas pelo Governo de Michel Temer, com especial foco na reforma trabalhista e da Previdência.
Na Bahia espera-se a adesão dos servidores públicos de saúde, rodoviários de Salvador, da Polícia Civil, dos petroleiros, professores da rede pública, metalúrgicos, bancários e servidores públicos estaduais.
Saiba quais são os principais serviços afetados:
Rodoviários: De acordo com o sindicato, os rodoviários irão paralisar totalmente as atividades por 24h, a partir das 00h de sexta-feira (28) até às 00h de sábado (29).
Bancários: Nesta sexta-feira as agências estão fechadas durante todo o dia e só irão reabrir após o feriado, na próxima terça-feira (2).
Professores da rede pública de ensino: De acordo com sindicato da categoria, os professores das escolas municipais e estudais irão paralisar durante toda a sexta-feira.
Professores da rede particular de ensino – De acordo com Allysson Mustafa, coordenador geral da Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro), entre 5 a 10 mil professores irão aderir à greve geral nesta sexta. Ainda segundo Alysson, professores dos colégios Oficina, Portinari, Antônio Vieira, Mendel Villas, Anchieta e das escolas Lua Nova e Girassol irão paralisar no dia 28 de abril.
Sindsaúde/BA – De acordo com Inalba Fontelle, diretora do sindicato, sertão mantidos os serviços de urgência e emergência e os cuidados com os pacientes que serão internados estão assegurados também. Porém, serão paralisados os serviços ambulatoriais, os exames eletivos, as consultas e os demais serviços administrativos. O quadro de profissionais também será reduzido, mas sem comprometer a assistência ao paciente.
Ferroviários – Os trabalhadores do setor ferroviário da Bahia anunciaram que irão aderir a greve geral do dia 28 de abril. Por este motivo, os trens do subúrbio ferroviário de Salvador irão parar por 24 horas. Já em Alagoinhas, berço ferroviário da Bahia, o SINDIFERRO promete usar piquetes, faixas e carros de som para paralisar as atividades nas oficinas Osvaldo Rios (locomotivas) e Arlindo Luz (vagões).
Judiciário – Segundo a coordenadora geral do sindicato, Denise Carneiro, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Ainda segundo Dneise, os funcionários da Justiça Federal devem operar em esquema de plantão (como já ocorre nos fins de semana), e só serão atendidas as demandas urgentes.
(BN) (AF)
