A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal, o Coletivo de Mulheres do Calafate, a Rede de Mulheres do Subúrbio, Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, o Coletivo Madás e órgãos públicos como a Defensoria Pública do Estado e o Ministério Público (MP-BA) constituem uma frente em apoio ao Serviço Viver. O objetivo é
defender junto à Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) o fortalecimento e ampliação do serviço que funciona há 15 anos, acolhendo pessoas em situação de violência sexual.
Na próxima terça-feira (5), às 10h, em frente ao prédio do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, na Avenida Centenário, a frente promove um abraço simbólico ao Serviço Viver. No mesmo dia e local, às 9h, os organizadores darão uma entrevista coletiva à imprensa.
Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), a ação é fundamental para garantir os direitos das vítimas. “Nenhuma forma de violência deve ser tolerada, os crimes precisam ser punidos e as vítimas apoiadas, é uma exigência da sociedade, o Estado deve ser sensível”, afirma.
Dados
Em 2015, segundo a SSP, foram registrados na Bahia 2.818 casos de estupro, sendo 214 na Região Metropolitana e 531 em Salvador. De acordo com dados do Serviço Viver entre janeiro e setembro de 2015 foram computados 217 estupros de vulnerável, sendo a faixa etária mais comum nos atendimentos do órgão entre 12 e 15 anos (107 atendimentos num total de 431 casos de violência sexual nesse período).
A iniciativa surgiu na audiência pública realizada no dia 20 de junho, com o tema “A importância do Serviço Viver no enfrentamento à violência sexual”, promovida pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher do Legislativo e a especializada em Direitos da Criança e do Adolescente da Defensoria Pública do Estado.
A intenção é apoiar a reestruturação do equipamento, que conta com uma equipe multidisciplinar especializada, que está incompleta devido ao vencimento dos contratos com recepcionistas advogados, psicólogos, médicos e assistentes sociais. Em função da carência de pessoal, a unidade do Viver Periperi está fechada desde fevereiro.
(Fonte: CMS)