Familiares de Bruno Barros da Silva, de 29 anos, e seu sobrinho Ian Barros da Silva, 19, mortos na última segunda-feira (26), após as vítimas serem acusadas de furto no interior do supermercado Atakarejo, em Amaralina, realizaram um protesto nesta sexta-feira (30), bairro Fazenda Coutos, em Salvador.
Outras entidades como a União de Negros pela Igualdade, na Bahia, (Unegro), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) e o Coletivo de Entidades Negras (CEN), também estão marcando uma manifestação para 14h desta sexta, na porta do estabelecimento.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA), informou nesta sexta (30) que adotou as providências cabíveis nesta fase preliminar de apuração, autuando uma notícia de crime e encaminhando ao Núcleo do Júri da Capital, para fins de acompanhamento das investigações que, conforme noticiado pela imprensa, já vêm sendo realizadas pela Polícia Civil.
Entenda o caso
A equipe de segurança da loja é acusada de apreender os homens no interior do estabelecimento e ter "entrado em contato" com traficantes do complexo Nordeste de Amaralina, ao invés de ter solicitado a ação da polícia. De acordo com as investigações policiais, Bruno e Ian foram levados pelos traficantes para um local dentro do complexo, onde teriam passado pelo 'tribunal do crime', nome dado a "lei" ilícita imposta pelo tráfico.
Os corpos foram encontrados dentro de um carro, horas depois, na comunidade da Polêmica, em Brotas, com diversos tiros disparados por armas de grosso calibre, além de marcas de tortura e golpes de faca.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Jacó (PT), enviou ofício à Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), para pedir a nomeação de um delegado especial que abra investigação das mortes.
Fonte: A Tarde//LC