As principais centrais sindicais promovem nesta sexta-feira, 10, a partir das 6h, atos na região central da cidade contra a reforma trabalhista, que entra em vigor a partir de sábado, 11. Embora os rodoviários não confirmem participação nos protestos, não está descartado o bloqueio para impedir circulação de ônibus na Lapa.
Em Salvador, além da Lapa, o Dia de Mobilização Nacional contra a Reforma Trabalhista terá concentração no Campo da Pólvora, também a partir das 6h. As centrais preveem atos no Polo Industrial de Camaçari e no Trevo da Resistência (Madre de Deus), ambos na Grande Salvador.
A partir das 11h, os trabalhadores farão uma caminhada que sai do Campo Grande, passa pela praça Castro Alves e segue até o Comércio, onde realizarão atos em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, assim como na sede da Previdência Social.
A região do Shopping da Bahia estaria fora das manifestações por ser um ponto estratégico, onde qualquer manifestação deixa o trânsito de Salvador travado.
Entidades
O anúncio foi feito em coletiva na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Nazaré, que também reuniu a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical e a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).
Segundo o presidente da CUT, Cedro Silva, as centrais deverão promover alguns piquetes – os pontos não foram revelados – para convocar os rodoviários a aderirem ao movimento. “Eles serão parados por nós nas ruas, em alguns pontos da cidade”, assegurou.
O presidente da CTB, Aurino Pedreira, argumenta que a mobilização é uma forma de sinalizar que haverá resistência contra as reformas. “A estrutura do direito do trabalho está sendo desmontada com a relação empregador-trabalhador, sem a mediação do estado e dos sindicatos”, avalia.
Para o presidente da CSP, Hamilton Assim, a reforma deverá promover a precarização da relação trabalhista. “Fruto de um lógica perversa do mercado de trabalho, que tem como base uma visão escravocrata ligada ao racismo estrutural”, opina.
Sancionada pelo presidente Michel Temer em 13 de julho passado, a nova legislação altera uma variedade de normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com isso, passa a prevalecer a negociação direta entre patrão e empregado, a despeito do que está previsto na legislação.
A Tarde////AF////