Após a Petrobras anunciar a criação de planos de demissão específicos para ativos colocados à venda, como refinarias e subsidiárias, trabalhadores da estatal ligados a alguns sindicatos e associações realizam mais um protesto nesta segunda-feira (16), a partir das 10h, em frente à Torre Pituba, em Salvador.
Segundo a Petrobras, além da demissão, será oferecida a possibilidade de transferência para outras operações da empresa. Ainda segundo o esclarecimento, a empresa disse que o plano de pessoal para ativos à venda prevê três ferramentas: recrutamento interno, desligamento por acordo e desligamento voluntário específico para cada ativo.
No texto, a Petrobras não informou as condições estabelecidas para cada uma das alternativas. Em abril, a empresa anunciou plano de demissão voluntária para empregados que já estão aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com estimativa de economia de R$ 4 bilhões até 2023.
Segundo o diretor de comunicação do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), Radiovaldo Costa, a decisão da estatal é puramente política. “Não tem embasamento técnico, nem econômico. A saída da empresa vai impactar na economia baiana, vai comprometer a arrecadação de impostos também. Além do emprego de milhares de trabalhadores”, protestou.
O sindicalista ainda afirmou que a Petrobras tem assediado moralmente os trabalhadores. “O negócio é ‘ou você entra nesse novo plano de demissão ou não sei o que vai acontecer’. A gente não conhece as vantagens desse novo plano. A Petrobras vai provocar milhares de demissão na Bahia. Serão 4 mil pessoas desempregadas”, alerta.
Além do Sindipetro Bahia, também participam da manifestação a Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas da Petrobras (Astape), Associação Engenheiros da Petrobras (AEPET), Associação Brasileira dos Anistiados Políticos do Sistema Petrobras e Demais Empresas Estatais (Abraspet), Clube dos Empregados da Petrobras (Cepes) e Associação de Mantenedores Beneficiários da Petros (Ambep).
Metro 1// Figueiredo