Justiça

Ubaitaba: autor de tiro em via pública, presidente da Câmara e genro do prefeito temia prisão preventiva

A três dias do pleito eleitoral, Caique Japonês se envolveu em confusão na cidade

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Os dias que antecederam a eleição no município de Ubaitaba foram de tensão para a população. A Justiça Eleitoral proibiu a realização de comícios, carreatas, passeatas ou motociatas depois que uma confusão na noite de quinta-feira (3), a três dias do pleito, teve disparo de arma de fogo em via pública. 

O autor do tiro foi o presidente da Câmara e genro do prefeito Bêda (MDB), Caique de Jesus Santos, conhecido como Caique Japonês. Conforme relatado pelo site iPolítica, a confusão começou após militantes da coligação do prefeito serem abordados pela Polícia Militar enquanto realizavam manobras perigosas com um carro. Diante da abordagem, a militância teria chamado Caique e o prefeito Bêda para o local. Em meio à confusão, Caique teria sacado uma arma e atirado para o alto na via pública.

Um vídeo que circula nas redes sociais (Assista abaixo) mostra um homem erguendo o braço e, em seguida, é possível ouvir os disparos. Ele é levado por outra pessoa para dentro de um carro, que deixa o local imediatamente. 

Após o episódio, a pedido do Ministério Público Estadual, o juiz de direito da cidade, George Barboza Cordeiro, expediu um mandado de busca e apreensão nos endereços do presidente da Câmara. Diante da ação do magistrado, a defesa do vereador entrou na Justiça com um habeas corpus preventivo. O objetivo era claro: garantir que ele não fosse preso preventivamente faltando três dias para a eleição.

A defesa do presidente da Câmara argumentou que a operação de busca e apreensão e eventual prisão preventiva poderiam impactar a imagem e a reputação tanto do legislador, quanto do seu sogro “em um momento politicamente sensível”. O juiz substituto de 2º grau, Álvaro Marques de Freitas Filho, indeferiu o pleito sob o argumento de que não caberia ao Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça decidir o pleito. 

Conforme apurado pela reportagem do Portal Salvador FM, a arma utilizada pelo vereador era registrada no nome dele e foi apresentada à delegacia da cidade pelo advogado do legislador. Diante do gesto do genro do prefeito, o juiz autor do mandado de busca e apreensão optou por suspender os efeitos da decisão anteriormente expedida. 

BÊDA 

O prefeito Bêda, como é conhecido Asclepíades de Almeida Queiroz, não conseguiu se reeleger no último domingo (6). O Ministério Público chegou a pedir busca e apreensão nos endereços do gestor, mas o juiz entendeu que não havia provas suficientes para autorizar a operação.

Bêda foi derrotado pela prefeita eleita Gracinha Viana (Avante), que já comandou a Prefeitura de Maraú em duas oportunidades.

Assista ao vídeo da confusão em Ubaitaba: