Justiça

Relato de Janot e reação do STF dão combustível a novas manifestações contra ministros

Redes de apoiadores de Bolsonaro falam em acampar; autor da CPI da Lava Toga vê manobra

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O episódio narrado por Rodrigo Janot, de que planejou matar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e a reação subsequente da corte, de ordenar uma busca e apreensão contra o ex-procurador-geral da República, se tornaram combustível nas redes para novas manifestações contra a cúpula do Judiciário. 

Grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) falam até em acampar em frente ao STF na próxima semana para pressionar os ministros. Há quem fale em derrubar o Supremo. A militância vê abusos e conivência com a corrupção na atuação dos ministros. 

Grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) falam até em acampar em frente ao STF na próxima semana para pressionar os ministros. Há quem fale em derrubar o Supremo. A militância vê abusos e conivência com a corrupção na atuação dos ministros. 

A crescente revolta contra o STF também foi inflamada pela decisão do plenário da corte, na última quinta (26), de que réus delatados devem apresentar suas alegações finais após réus delatores. A medida significa um revés para a Lava Jato e pode provocar a anulação de condenações feitas no âmbito da operação.

O entendimento pode, inclusive, beneficiar o ex-presidente Lula (PT) no caso do sítio em Atibaia (SP). Os ministros, no entanto, ainda decidirão, na próxima quarta (2), o alcance dessa decisão. 

Na véspera, quarta (25), uma manifestação pela CPI da Lava Toga e pelo impeachment de ministros do STF em frente à corte terminou com a Polícia Militar lançando bomba contra os manifestantes. Os policiais, por sua vez, foram alvo de pedradas. A ação também fortaleceu o descontentamento com a corte. 

Já o plano relatado por Janot deu força, no âmbito do Supremo, ao inquérito instalado pelo presidente da corte, Dias Toffoli, para apurar a divulgação de informações falsas e ameaças a membros do tribunal. A investigação, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, teve a oposição, na época, da então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que viu arbitrariedade na ação. 

 

Folha// Figueiredo