Sem oftalmo

Militar preso acusado de plano para matar Lula tem pedido negado para ir ao médico

Rafael Martins de Oliveira está custodiado no Forte do Gragoatá, em Niterói, no estado do Rio de Janeiro

Rafael Martins de Oliveira integrava grupo de elite do Exército. Foto: Reprodução
Rafael Martins de Oliveira integrava grupo de elite do Exército. Foto: Reprodução

O tenente-coronel do Exército, Rafael Martins de Oliveira, preso preventivamente pela Polícia Federal desde 19 de novembro do ano passado por suposto envolvimento no plano que pretendia matar autoridades como o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, teve um pedido para ir ao médico oftalmologista negado. A recusa da solicitação foi do próprio Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF).

No último dia 30 de dezembro, Moraes havia autorizado a transferência do tenente-coronel para a sede administrativa do Comando do Estado Maior, no Forte do Gragoatá, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Conforme relatado pelo ministro do STF, no úlimo dia 8 de janeiro, o comando da Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército enviou um ofício informando que, após assistência médica realizada por profissional da instituição, foi identificada a necessidade de o militar custodiado ser submetido a uma consulta com médico especialista em oftalmologia. O pedido, conforme justificou o comando, se deu porque o local não possui oftalmologista.

Ainda no documento, continuou Alexandre de Moraes, o comando argumentou que o preso seria conduzido “devidamente escoltado pelo Batalhão de Polícia do Exército para a referida consulta médica”, que já estava agendada para a próxima segunda-feira (13), às 7h, na Policlínica Militar do Rio de Janeiro, no Centro da capital fluminense.

Ao analisar o pleito, o magistrado argumentou que o ofício “não demonstrou qualquer urgência ou necessidade médica do custodiado em realizar consulta com médico oftalmologista”. Além disso, frisou Alexandre de Moraes, não foi apresentado qualquer documento comprobatório sobre o diagnóstico médico do militar Rafael Martins de Oliveira.

Por fim, o ministro do STF ressaltou que os pedidos para realização de consulta médica do custodiado devem ser formulados por seus advogados devidamente constituídos, que deverão demonstrar a necessidade e a situação de saúde do preso, bem como apontar a documentação comprobatória.

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