Entidades que representam a magistratura e o Ministério Público preparam um dossiê contra a reforma da Previdência. O material vai elencar pontos da proposta de Jair Bolsonaro que esse grupo considera inconstitucionais.
A ideia é entregá-lo a todos os deputados assim que a medida começar a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça, palco do embate inaugural entre os aliados do governo e a oposição. O passo seguinte é apresentar sugestões de emendas a serem adotadas.
Água morro acima Integrantes do PSL, partido do presidente, começaram a colocar na ponta do lápis quantos votos a proposta de Bolsonaro teria hoje. Terminaram a conta alarmados. Há preocupação até com a votação na CCJ, prevista por eles para março.
A seco O temor de uma batalha dura já na comissão é reforçado pela projeção de que a primeira leva de emendas parlamentares só será liberada em abril.
Não tão fácil A cúpula do Congresso alerta que o governo erra ao pensar que dirigentes partidários vão negociar com o Planalto de olho apenas nos cargos da administração. O alto clero quer um acordo de médio prazo, com foco nas eleições de 2020.
Dividir o pão Esses dirigentes dizem que a aprovação de mudanças nas aposentadorias vai dar fôlego para o governo investir —e querem ter certeza de que os frutos da folga orçamentária não serão repartidos só com quadros do PSL.
Dividir o pão 2 Os partidos vão buscar garantias de que o capital que será liberado pela reforma será usado para despejar obras e eleger prefeitos em bases prioritárias.
Com civilidade O senador Cid Gomes (PDT-CE), um dos líderes da oposição, diz que seu partido quer “atuar por dentro”, dialogando com aliados de Bolsonaro, para “conter danos” na reforma, especialmente sobre os mais pobres.