Justiça

Faroeste: MPF diz que desembargadora baiana tinha 'atuação decisiva' em crimes 

Uma fotografia da alegada "quadrilha" foi encontrada pelo MPF no computador do ex-assessor de desembargador Antônio Roque

Reprodução / MPF
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O Ministério Público Federal (MPF) argumentou, no pedido de manutenção de prisão preventiva da desembargadora Ilona Reis, que ela tem "atuação decisiva" para "consolidar o plano criminoso" do grupo que tinha os desembargadores Gesivaldo Britto, Maria do Socorro e José Olegário. 

Ilona Reis foi presa temporariamente em dezembro de 2020, na sexta fase da Operação Faroeste, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Na sequência, houve decretação da prisão preventiva, tendo renovada pela Corte Especial do STJ.

Uma fotografia da alegada "quadrilha" foi encontrada pelo MPF no computador do ex-assessor de desembargador Antônio Roque. 

Operação Faroeste –  Deflagrada em 2019, a Operação Faroeste apura o funcionamento de uma organização criminosa – integrada por membros da cúpula do Judiciário baiano – que atuavam na venda de decisões judiciais e outros crimes. O objetivo era permitir a grilagem de terras no oeste daquele estado. Entre os crimes investigados, destacam-se a prática de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, numa dinâmica organizada, em que gravitaram três núcleos de investigados, integrados por desembargadores, advogados e produtores rurais, com a intenção de negociar decisões judiciais.