A 2ª vice-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Maria da Graça Osório Pimentel Leal, é acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser uma das envolvidas no esquema de corrupção ativa e passiva investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Faroeste, deflagrada nesta terça-feira (19).
De acordo com inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ela, que é responsável por todos os recursos especiais e extraordinários interpostos contra decisões do TJ-BA, atuou em um “suposto esquema de venda de decisões para legitimação de grilagem de mais de 800 mil hectares de terras no oeste baiano”.
Ainda segundo o STJ, a desembargadora é titular de 57 contas bancárias, “o que, apesar de não ser crime, quando considerado de forma isolada, ganha foro de suspeição diante do grande volume de transações eletrônicas, cheques e depósito em dinheiro de origem não identificada, a pontilhar mecanismo típico de lavagem de dinheiro, numa gramatura possivelmente associada à corrupção”.
Segundo a defesa da desembargadora junto ao tribunal, as transações atípicas foram justificadas como empréstimos. Além disso, foram identificados 54 ligações dela para Adalton Maturino, o principal nome da Operação Faroeste.
BNwes/// Figueiredo