Uma funcionária da C&A Modas será indenizada após ter sido chamada, durante o trabalho, de “Gordinha de Ondina” pelo gerente da loja de departamentos. A decisão da 31ª Vara do Trabalho de Salvador foi mantida pela 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA). Ainda cabe recurso.
De acordo com a vítima, sua relação com os colegas de trabalho era boa, exceto com o gerente, que costumava chamá-la de “gorda” e dizia que ela não era promovida por causa do seu corpo. Ele também se referia a ela e a outras duas colegas como as “Gordinhas de Ondina”, fazendo uma alusão ao monumento Meninas do Brasil, localizado no bairro de Ondina, em Salvador. A obra em questão mostra três mulheres gordas.
Além dos insultos, o homem, segundo a vítima, também fazia comentários sobre a alimentação da operadora de vendas.
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Para a juíza responsável pelo caso, ficou comprovado que a funcionária foi alvo de “tratamento humilhante”, portanto, determinou a indenização no valor de um salário da trabalhadora.
A operadora de vendas recorreu, pedindo um valor maior, argumentando que o gerente a ofendia por seu biotipo e hábitos alimentares. No entanto, o relator do caso, desembargador Valtércio de Oliveira, manteve a decisão.
Para ele, o comportamento do gerente demonstrava um leve desprezo pela funcionária durante os seis meses em que foi seu chefe, e a indenização fixada atende aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade.
