O julgamento dos acusados de participação na morte do adolescente Lucas Terra será no próximo dia 25 de abril. Após 22 anos de espera por justiça, a mãe do jovem, Marion Terra, está contando os dias para o desfecho do caso que envolve pastores da Igreja Universal do Reino de Deus.
"Contagem regressiva! Está chegando a hora de os acusados pela participação no homicídio de Lucas Terra, enfrentarem o júri popular! Que esse ciclo de impunidade termine!", postou ela nas redes sociais no último sábado (25), a 30 dias do júri popular.
O bispo Fernando Aparecido da Silva e o pastor Joel Miranda vão responder por envolvimento no assassinato do adolescente. Ambos foram inocentados em 2013, mas os advogados da família recorreram da decisão e o pedido foi acatado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (Saiba mais).
Violentado e queimado
Lucas Terra foi morto em 21 de março de 2001, aos 14 anos. Exames comprovaram que o jovem foi abusado sexualmente. Ele ainda teve o corpo queimado e abandonado em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama. O responsável foi o ex-pastor Silvio Roberto Galiza, único a ser condenado até então, que chegou a ser preso. Em depoimento, ele relatou que a vítima tinha flagrado Fernando e Joel fazendo sexo na igreja, o que teria motivado o crime.
Um dos maiores propagadores do ocorrido, José Carlos Terra, pai de Lucas, faleceu em 2019 sem ver o desfecho do caso. Carlos é autor do livro "Traido pela obediência", que narra sua incansável luta por justiça em memória ao filho.