Aliados do deputado afastado Jorge Picciani (PMDB), que controlam a mesa diretora da Assembleia Legislativa, queriam partir para o confronto direto com o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), com o ajuizamento de um recurso contra a decisão de terça-feira junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A proposta, feita por dois procuradores da Casa, Harriman Araújo e Rodrigo Lopes, esbarrou na resistência do presidente em exercício da Alerj, deputado Wagner Montes (PRB), que ficou de estudar a hipótese, mas foi para a casa sem assiná-la.
Pouco depois, sem Montes, a mesa diretora recuou e decidiu enviar um ofício ao TRF-2, para finalmente comunicá-lo da decisão de revogar a prisão dos três deputados, embora a sessão do plenário tenha ocorrido na última sexta-feira.
A escalada de decisões, antes e depois da sessão de ontem do TRF-2, revelou uma clara divisão na cúpula da Alerj sem Picciani: de um lado, a mesa diretora, encabeçada pelo segundo vice, André Ceciliano (PT), aliado de primeira hora do ex-presidente, e do outro, isolado, o presidente em exercício, Wagner Montes.
O apresentador de TV, desgastado pelos episódios da votação de sexta-feira passada, aprofundou as divergências com o grupo de Picciani ao anunciar uma sindicância interna para apurar se as ordens que deu, naquela plenária, no sentido de abrir as galerias a populares, foram desobedecidas pelos funcionários da Casa.
O Globo////AF/////