Em depoimento prestado em 8 de setembro de 2017, quando foi preso pela segunda vez, o ex-ministro Geddel Vieira Lima preferiu ficar calado e não prestar esclarecimentos sobre os R$ 51 milhões encontrados em seu "bunker" em Salvador.
A cautela pode se justificar por um motivo simples: segundo ele próprio contou à Polícia Federal, seu advogado sumiu e não estava presente. Ele só apareceu no fim da audiência, quando as perguntas já tinha sido feitas.
De acordo com o termo do depoimento prestado à Políca Federal (PF), Geddel disse que "por motivos que não sabe explicar o seu procurador (advogado) não se encontra presente no ato da oitiva". Afirmou também que "seu advogado estava presente desde o período da manhã na Superintendência da Polícia Federal, mas não retornou e nem mandou outro profissional".
Nesse depoimento, Geddel disse desconhecer que as digitais dele foram encontradas no apartamento onde o dinheiro estava guardado. Questionado sobre outros pontos, como a apreensão dos R$ 51 milhões e se ele conhecia Sílvio Antônio Cabral da Silveira, proprietário do imóvel, Geddel guardou silêncio.
O Globo////AF/////