O pároco da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, padre Lázaro Muniz, falou sobre a importância de Santa Bárbara no dia em que acontecem as celebrações em homenagem a ela, nesta quarta-feira (4). O dia marca a abertura do calendário oficial de festas populares da Bahia, que só termina no Carnaval, em março de 2025.
“Santa Bárbara foi uma jovem que doou a sua vida pela fé, o que nos ajuda a ter resistência e a buscar a fé nos momentos mais difíceis. Se nós, nesse momento de oração, não rezarmos pela nossa gente, pelo nosso povo, relembrar os homens e mulheres que são violentados todos os dias, nós não estamos rezando da forma que Cristo nos pede, que o cuidado com as pessoas”, disse em conversa com o Portal PS Notícias.
O padre ainda completou: “Não importa se a pessoa cultua Santa Bárbara ou Iansã, o importante é que a gente busque, a partir da fé, respeitar a pessoas”.
História
Em 2024, a Festa de Santa Bárbara completa 383 anos de existência. Iniciada no século XVII, desde 1641, quando o casal de portugueses, Francisco Pereira do Lago e Andressa de Araújo, fizeram uma promessa no Morgado de Santa Bárbara, no bairro do Comércio, ao pé da atual Ladeira da Montanha. A manifestação passou a ser Patrimônio da Bahia em 2008 via Decreto nº 11.353 do Governo da Bahia.
A Festa de Santa Bárbara remonta ao ano de 1639. O casal Francisco Pereira e Andressa Araújo construiu uma capela devocional no Comércio, às margens da Baía de Todos-os-Santos. Desde então a festividade, transferida para o Pelourinho, tornou-se não somente fonte de fé para católicos como também para adeptos da religiosidade de matrizes africanas.
A programação inclui tríduo de celebrações eucarísticas e termina na Igreja do Rosário dos Pretos. A igreja e seus bens móveis, como as imagens dos santos, pinturas do teto e azulejos, foram restaurados pelo IPAC. O aporte foi de R$ 2,6 milhões.
>>>Siga o canal do PSNotícias no WhatsApp e receba as principais notícias da Bahia, do Brasil e do Mundo.