Proteção aos foliões

Um ano após crítica de Bruno Reis, uso de serpentinas metálicas é proibido no Carnaval da Bahia

Serpentinas metálicas podem ter causado apagões e atrasos no Carnaval de 2024

Foto: Divulgação/Sedur
Foto: Divulgação/Sedur

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) oficializou, na quinta-feira (13), a proibição do porte e uso de serpentinas metálicas em todo o estado. O material foi apontado, inclusive pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis, como um dos motivos para os apagões e acidentes ocorridos no Carnaval do ano passado, no Circuito Dodô (Barra-Ondina).

Com a promulgação da lei, pessoas físicas, estabelecimentos comerciais, trios elétricos e camarotes que forem flagrados usando o material estarão sujeitos a multas de valor entre R$ 5 mil e R$ 100 mil. O valor chega a dobrar em caso de reincidência.

Em fevereiro de 2024, o prefeito Bruno Reis chegou a comentar sobre o material após o atraso na saída dos trios e um apagão na Barra. “Muito provavelmente o que motivou isso foram as serpentinas, mas a Coelba demorou muito tempo para restabelecer a energia. A gente espera que situações como essa não voltem a acontecer”, afirmou o gestor na época.

A lei foi proposta pela própria Neoenergia Coelba, que desde o ano passado dialoga com a Alba para que as serpentinas sejam proibidas.

Apesar de parecer inofensivo, o uso das serpentinas pode provocar curtos circuitos e apagões na rede elétrica, podendo ainda oferecer riscos à vida dos foliões. De acordo com o diretor geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), por serem fortes condutores de energias, o material pode gerar um choque fatal ao folião.