As motos são um meio de transporte alternativo muito utilizado no carnaval por foliões que buscam facilidade para chegar aos circuitos e aplicativos de mobilidade já dispõe de motociclistas em seus sistemas. No entanto, esse tipo de modalidade não é regularizada, sobretudo no carnaval. Para os próximos anos de folia, o secretário Municipal de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller está avaliando estratégias para a categoria, mas não se mostra tão positivo com a possível regulamentação.
“A gente tem que ter a sabedoria de entender que esse tipo de transporte, da forma que foi feito, traz mais riscos do que benefícios. Qualquer um pode hoje sem experiência, sem habilitação, sem curso de transporte de passageiros, se inscrever na plataforma e simplesmente começar a transportar passageiros. Isso é um risco que a gente inevitavelmente corre e quando você tem uma categoria que é regulamentada, tem uma categoria que passa por vistorias duas vezes por ano, sofre sanções pesadíssimas em caso de infrações, então é uma discussão que a gente precisa ter, um a discussão muito séria, mas uma discussão muito responsável também para a gente saber como lidar com tudo isso", explicou o secretário nesta terça-feira (21), último dia de carnaval na capital baiana.
Segundo Muller, outras capitais já conversaram sobre o assunto e decidiram não aderir à modalidade. “A gente precisa reunir um grupo técnico para discutir esse tipo de transporte. Outras cidades não estão autorizando, já se posicionaram contra, São Paulo, Rio de Janeiro… até porque sabem que isso pode elevar exponencialmente o número de acidentes e acidentes fatais, inclusive”, justificou.
Um dos transportes utilizados no período é o Expresso Carnaval, que neste ano bateu um recorde de público e de acordo com o secretário tem funcionado bem. Fabrizzio fez um balanço sobre a mobilidade nos dias de folia e afirmou que o dia mais complicado foi a quarta-feira (16), primeiro dia da folia.
“Ali a gente teve que trocar o pneu com o carro andando. Nos outros dias atendeu todas as nossas expectativas, a gente tem tido um feedback muito positivo do usuário de transporte público, mesmo com o transporte público convencional. O Expresso [do Carnaval] esse ano bateu todos os recordes de público. Em 2020 tinha sido o ano com maior público, com 60 mil pessoas, hoje nós fechamos em 103 mil pessoas e ainda falta mais um dia. Todos os resultados que a gente tem presenciado, todos os depoimentos têm sido positivos. A gente faz esse carnaval com a sensação de que a gente avançou, mas que a gente precisa continuar avançando. O carnaval é um eterno exercício de buscar melhorias e é o que a gente vai fazer a partir de amanhã já”, garantiu.