O cantor e compositor Gerônimo Santana, uma das figuras icônicas da música baiana, é uma das atrações do circuito Batatinha deste domingo (2). Antes de subir ao palco, o artista conversou com a equipe do PS Notícias e não poupou críticas à abertura do Carnaval de Salvador 2025 e à forma como a festa é organizada. Em meio às comemorações dos 40 anos do Axé, o cantor destacou a falta de reconhecimento da história do gênero e sugeriu mudanças na estrutura do evento.
Gerônimo defende a criação de uma Secretaria do Carnaval para planejar a festa ao longo do ano e evitar problemas recorrentes, como atrasos em pagamentos de profissionais. Outra sugestão do artista é a definição da ordem dos desfiles por sorteio.
“No momento em que houver sorteio, aquelas pessoas que são viciadas em sair num horário gostoso, onde tem rádio, televisão e tudo, talvez sejam a última atração. Não é assim que fazem quando convidam vários artistas em um evento? E aí naquele evento todo o artista principal é o último? Assim deveria ser o carnaval”, destacou o cantor.
A história e a fantasia, segundo Gerônimo
O artista também criticou a escolha de Carlinhos Brown para abrir oficialmente o Carnaval, defendendo que a homenagem aos 40 anos do Axé deveria ter sido comandada por Luiz Caldas.
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“A abertura começou mal. Quem deveria abrir o Carnaval, na forma dos 40 anos do Axé Music, seria Luiz Caldas. Foi ele que carregou nas costas esse título. Carlinhos Brown é um decano ligado às raízes de matriz africana, lindo, mas eu penso que Luiz Caldas deveria abrir primeiro e Carlinhos Brown tocar na banda dele, porque ele foi músico de Luiz no período em que nasceu o Axé Music. A história deveria ser contada verdadeiramente como ela é, mas ela é sempre uma fantasia”, disparou Gerônimo.
*Com a colaboração da repórter Francis Vasconcelos
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