
Com mais de 80 anos de história, a Mudança do Garcia é tradição no Carnaval de Salvador. Com isso, os foliões capricharam e apresentaram looks e fantasias cheios de personalidade nesta segunda-feira (3) de festejos.
Neste domingo (2), filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional. Assim, alguns foliões aproveitaram para se fantasiar em homenagem a conquista brasileira. Dessa forma, um grupo utilizou plaquinhas em referência ao filme.
Além disso, um outro folião utilizou utilizou uma plaquinha para escrever “A vida presta, porra. Por isso, Ainda Estou Aqui”. A frase inicial, dita pela atriz Fernanda Torres, virou um marco da conquista brasileira, contudo o folião adicionou “porra” alegando ser uma expressão muito falado pelos baianos.
Antônio Queiroz é outro personagem bem conhecido da Mudança do Garcia. Figurinha carimbada no evento, o repórter fotográfico se fantasia de freira há cinco anos. Assim, em entrevista ao PSNotícias, o folião revelou como surgiu essa ideia e falou da importância do evento.
“Essa fantasia tem uma história legal. Eu sou repórter fotográfico e eu fui fazer uma cobertura de um cara que se vestia de freira e saía aqui, na época das carroças. Aí eu gostei, ele deixou de sair hoje, ele tem 80 anos. Então eu comecei a usar. Aqui é o nosso direito de resposta para essa sociedade que nós vivemos. É onde nós podemos ter voz, é aqui na Mudança do Garcia”, explica Antônio.
A inclusão social também tomou conta da Mudança do Garcia. O cadeirante, conhecido como Afrodeficiente, personalizou a cadeira de rodas com caixas de som, fitas do Senhor do Bonfim e uma plaquinha com a frase “É a falta de convívio social que me torna estranho, não a minha deficiência.
Além disso, o evento também atraiu uma missionária dos Estados Unidos. A foliã esteve pela primeira vez na festa e falou o que chamou atenção na Mudança do Garcia.
“Eu fiquei muito feliz porque é um bloco tradicional de lutas populares. Eu nasci nos Estados Unidos, mas estou no Brasil muitos anos. Também trabalhava na África, na Ghana, em outros lugares”, diz a missionária.
*Com informações de Francis Vasconcellos
>>>Siga o canal do PSNotícias no WhatsApp e, então, receba as principais notícias da Bahia, do Brasil e do Mundo.