Carnaval

Banda Didá reúne mil mulheres em desfile no Campo Grande

Com o tema ‘Afrofuturismo: os algoritmos dos búzios’, a banda Didá embeleza as ruas com fantasias e elementos dourados, búzios e cores vibrantes.

Divulgação/GOVBA
Divulgação/GOVBA

A banda Didá desfila em mais um dia da folia, nessa segunda-feira (20), no Campo Grande, pelo Carnaval Ouro Negro. O grupo formado apenas por mulheres estreou na festa desse ano, no último sábado (18). Com o tema ‘Afrofuturismo: os algoritmos dos búzios’, a banda Didá embeleza as ruas com fantasias e elementos dourados, búzios e cores vibrantes. 

De acordo com a regente da banda, a maestrina Adriana Portela, o bloco da Banda Didá dá ainda mais visibilidade ao protagonismo e resistência feminina. “É uma honra ser maestrina de uma banda 100% feminina, que é referência para tantas mulheres no Brasil e no mundo. O Carnaval Ouro Negro nos ajuda com esse fomento que para nós é uma fortaleza. Esse apoio é a providência dada pelo Governo para que os blocos afro desfilem no Carnaval, mantendo suas raízes e tradições”, destacou Adriana, primeira mulher a reger um bloco afro no país. 

O secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, ressaltou a importância do incentivo para que esses blocos possam estar nas ruas no Carnaval. “Muitas dessas agremiações não têm outro apoio. O edital Ouro Negro reforça o entendimento de que o que dá sentido ao nosso Carnaval é a ancestralidade, reconhecendo a tradição que forma a nossa cultura”. 

Madá Gomes, uma das vocalistas da Banda Didá, revelou que o bloco é contemplado pelo Carnaval Ouro Negro há 14 anos. “É mais que um aporte financeiro. O edital nos acolhe e nos incentiva a continuar. Este ano, somos mais de mil mulheres desfilando. Temos banda no chão e no trio. Para nós, é um prazer estar aqui”. 

*Carnaval Ouro Negro*

O edital é destinado às organizações de matriz africana dos segmentos afro, afoxé, samba e reggae, que desfilam no Carnaval de Salvador. Durante a folia, o trabalho das entidades e blocos se expressa nas confecções de indumentárias, na música percussiva, nas danças e performances que vão para a avenida.

A seleção se deu por meio de edital público, com análise das propostas e da documentação apresentadas pelas entidades por uma comissão de avaliação de mérito. A relação dos aprovados pode ser conferida no site: http://www.cultura.ba.gov.br/