
Enquanto o Carnaval de muitos é só festa e alegria, para um grupo específico a folia de Momo é uma oportunidade para garantir uma renda extra e passar com um pouco mais de tranquilidade os próximos meses após o final do maior evento de rua do mundo, em Salvador.
No Circuito Osmar (Campo Grande), muitos ambulantes ainda tinha fôlego de sobra para garantir mais um dia de vendas, mas já celebravam os bons resultados garantidos desde o pré-Carnaval, há quase dez dias.
Foi o caso de José Raimundo, que atua na profissão há 27 anos. De acordo com ele, o faturamento, até agora, ultrapassou os mil reais. “É um período que todos os ambulantes ganham uma renda ou dinheiro a mais”, comemorou.
Aproveitando para fazer o seu “merchan”, o ambulante garantiu que as doleiras e pochetes vendidas por ele, na folia deste ano, “são as mais seguras que tem”.
“Tenho pochete aqui com ‘três zíper’ [sic]: um pra colocar o celular, uma parte é cédula e documento e outra parte moeda. Ela é anti-roubo, contra os meliantes, porque no meio da folia se infiltra muitos meliantes. Então, para o turista e para os foliões ela é uma grande segurança”, afirmou.
Outro vendedor “das antigas” na Avenida é o “seu Joel”, com três décadas atuando como ambulante. A especialidade dele são adereços como brincos e passadeiras temáticas. De acordo com ele, o preferido entre os foliões é a passadeira do tigrinho, em referência ao famoso jogo de internet e que virou a música “Resenha do Arrocha”, do baiano J. Eskine.
“Eu comecei praticamente há três semanas atrás. Eu tava trabalhando no comércio, aí do comércio eu peguei e vim pra avenida […] isso aqui é tudo artesanal. Eu e minha esposa aqui fabrica, aí a gente passa que tudo é fabricação nossa. Dá pra tirar um lucrinho bom pros próximos meses”, afirmou.
Primeira vez vendendo na folia
Ao contrário dos dois “veteranos”, Gabriel Oliveira estreou esse ano como ambulante no Carnaval de Salvador, trabalhando em uma banca ao lado do pai e da tia. E relevou ter obtido bastante lucro com as vendas realizadas ao longo dos dias de festa.
“Como é que não gosta de uma coisa dessa tão boa, né? [Faturei] uma média de uns R$ 20 mil, vendendo água, cerveja, guaraná”, garantiu. A parte dele na folia, afirma, servirá para investir um uma moto ou carro.