O meia Zé Rafael fez hoje (30) a última entrevista coletiva como jogador do Bahia no ano. O atleta, que acertou a ida para o Palmeiras em 2019, se despediu dos torcedores e fez um breve resumo das duas temporadas que passou defendendo as cores do Esquadrão de Aço.
"Cheguei aqui contestado por muita gente, não tinha o reconhecimento que tenho hoje. Muita gente não sabia quem era o Zé Rafael e o que poderia render. Cheguei aqui com pés no chão, trabalhei sempre de maneira correta e dura para alcançar os meus objetivos. Aos poucos eu fui ganhando meu espaço dentro do clube e do grupo. Acho que aconteceu de maneira rápida, foram dois anos muito regulares e que as coisas aconteceram de forma rápida", declarou.
Questionado sobre problemas fora de campo e das críticas dos torcedores, Zé Rafael comentou que o processo "faz parte do futebol", mas que soube administrar bem para voltar a ter boas atuações.
"Tive uma fase complicada onde tudo que acontecia no Bahia parecia que era culpa do Zé Rafael. Se o time não rendia o esperado ou jogava mal, era na conta do Zé. Eu aceitei, de certa forma, uma parte disso. Quando eu achei que não era culpa só minha, eu debati e me defendi. Faz parte do futebol, nem Jesus agradou todo mundo, imagina se o Zé Rafael iria agradar", declarou.
Ao falar sobre o gol mais bonito pelo Bahia, o meia elegeu dois e aproveitou para alfinetar o rival do tricolor, o Vitória. "Fiz alguns gols bonitos esse ano, teve um contra o Vasco que a bola sobra para mim e de fora da área eu coloco no ângulo. O do vice, acho que não pode ficar fora, né? O jogo era muito importante naquela altura do Campeonato Brasileiro que estava muito difícil. Foi um golaço e ficou marcado. Queria ter feito um gol em um momento mais expressivo, como um título. Fiz ano passado na final da Copa do Nordeste, lá em Recife, mas o juiz invalidou de maneira equivocada. Mas saio feliz, queria ter feito mais gols", brincou o jogador.
O meia se apresenta no ano que vem pelo Palmeiras como a maior negociação da história do time baiano e do futebol do Nordeste. Ao todo, o meia disputou 127 partidas, com 18 gols e 12 assistências pelo clube. Segundo a diretoria do Esquadrão de Aço, a operação é a maior da história do Bahia e renderá pouco mais de R$ 14,5 milhões aos cofres do clube.
"Saio pela porta da frente, com uma perspectiva de que não virei a chavinha ainda. Ainda tem um último jogo, espero que seja uma grande partida para fechar o ano e meu ciclo do Bahia com o pé direito", finalizou o atleta.
Metro1 // AO