Esporte

Vitória não se compromete em identificar autores, mas se 'solidariza' com jovem agredida

A assessoria do rubro-negro informou que não tinha recebido nenhuma denúncia sobre o caso, portanto, não iria se pronunciar

Felipe Oliveira/ECV
Felipe Oliveira/ECV

Quase dois dias após a derrota do Vitória contra o Floresta, no Barradão, o clube baiano se manifestou em nota sobre a agressão sofrida pela jovem Mariana Cardoso, por membros da torcida organizada Os Imbatíveis, mas não se comprometeu em adotar ações para tentar identificar os autores.

Até a manhã desta segunda-feira (18), a assessoria do rubro-negro informou que não tinha recebido nenhuma denúncia sobre o caso, portanto, não iria se pronunciar.

Durante o dia, entretanto, uma nota veiculada no site Arena Rubro-Negra e que teve autenticidade confirmada pela assessoria, pede "desculpas" pela jovem que teria sido vítima da intimidação.

"O clube tomou conhecimento da possível agressão por meio das redes sociais e se solidariza com a torcedora identificada como Mariana Cardoso.O ECV promete adotar providências para que fatos como esse não se repitam no Estádio Barradão", diz o texto.

A reportagem questionou se o clube vai pedir as câmeras do estádio para tentar identificar os agressores, mas a assessoria resumiu a repetir que o posicionamento da instituição estava expresso na nota oficial.

O CASO

Mariana Cardoso utilizou o Twitter para fazer um relato sobre a sua experiência assistindo ao jogo do Vitória no Barradão. Ela foi no sábado (16) assistir à partida entre o Leão e o Floresta, que terminou com a segunda derrota consecutiva do time baiano na Série C do Brasileirão, a convite de amigos.

Natural de Sergipe, Mariana diz que não torce para o Vitória nem para o Bahia. No entanto, ao final do jogo, ela riu de uma mensagem recebida no celular, o que incomodou alguns supostos torcedores uniformizados com roupas da TUI.

Os cinco homens teriam encurralado a jovem e começaram a supor que ela torcia para o rival tricolor. Mariana teria recebido "tapas no rosto" e foi salva por uma policial militar mulher, que a escoltou até a base policial.

Sem conseguir amparo na base, nem posteriomente na delegacia, onde diz ter sido tratada com desdém, Mariana retornou para casa sem conseguir registrar uma queixa formal.

Fragilizada com o ocorrido e com toda a repercussão, Mariana ainda não quer conceder entrevistas. A sua esposa, que também estava no local, informou que elas devem se pronunciar quando estiverem aptas.