A delegação argentina desembarcou em Buenos Aires nesta terça-feira (21) e foi recebida por cerca de cinco milhões de torcedores eufóricos pela conquista do tricampeonato da Copa do Mundo. No entanto, a festa foi tomada por confusões, marcada por prisões, pessoas feridas e a invasão do Obelisco.
Torcedores invadiram o monumento para conseguirem ver de perto os campeões, o que gerou um grande tumulto. Com a confusão, policiais começaram a retirar os argentinos do local, o que resultou em pelo menos 14 prisões. Além disso, 21 integrantes das forças de segurança ficaram feridos e outros 64 torcedores precisaram de atendimento médico e foram direcionados a hospitais.
Quatro das catorze pessoas detidas estavam dentro do obelisco e um deles chegou a se pendurar no topo do monumento. Pedras e garrafas foram atiradas na direção dos policiais, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e tiros com balas de borracha.
Durante a ação, pontos de ônibus e de alguns estabelecimentos comerciais foram destruídos. A segurança argentina relatou também a ocorrência de roubos, furtos e saques na região central da cidade. Pessoas se perderam e foram acolhidas pelo Centro de Monitoramento Urbano. A polícia atendeu cerca de 795 chamadas para atendimentos médicos e busca por informações de pessoas perdidas.
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Ainda na noite de terça, a situação já estaria sob controle e a limpeza começou a ser realizada no local. Os prejuízos ainda não foram contabilizados.
A seleção argentina previa se deslocar do Centro de Treinamento da Associação do Futebol Argentino (AFA), na região de Ezeiza, próxima ao aeroporto, rumo à região central de Buenos Aires, desfilando em carro aberto para saudar os torcedores com a taça da Copa do Mundo.
A chegada da delegação estava prevista para acontecer às 12h30 na Praça da República, mas devido a quantidade de pessoas, o ônibus precisou mudar de rota. Os jogadores foram retirados de helicóptero de volta ao Centro de Treinamento e jogadores como Messi e Di María, abandonaram a capital argentina e se deslocaram para as suas respectivas cidades natal.
O presidente da AFA, Claudio Tapia, pediu desculpas aos torcedores que se deslocaram até o local para saudar os campeões mundiais. "Não nos deixaram chegar para cumprimentar todas as pessoas que estavam no Obelisco. Os mesmos órgãos de segurança que nos escoltaram, não nos deixaram seguir em frente. Mil desculpas em nome de todos os jogadores campeões do mundo. Uma pena", lamentou em seu Twitter.