O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de decisão do ministro Gilmar Mendes, decidiu, nesta quinta-feira (4), pelo retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Assim, a Corte suspendeu a tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que destituiu o baiano do cargo.
Ednaldo Rodrigues era vice-presidente da CBF e chegou ao comando da entidade após o seu antecessor, Rogério Caboclo, ter sido afastado por ser alvo de denúncias de assédio contra funcionárias da entidade. De forma interina, Ednaldo firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro, em que se comprometeu de convocar eleições. Posteriormente, ele foi eleito e efetivado ao cargo da entidade máxima do futebol brasileiro.
O baiano foi suspenso pois o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro entender que o TAC entre Ednaldo e o Ministério Público não era válido, pois o órgão ministerial não teria legitimidade para pactuar tal termo. A Justiça determinou que José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), indicado como interventor na CBF, convocasse eleições em janeiro. Tanto a Fifa quanto a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) já afirmaram que não reconhecem a intervenção da Justiça carioca.