Esporte

TVs abertas iniciam demissões em equipes esportivas

O ano de 2017 vai começar mal para profissionais e equipes esportivas de TVs abertas que têm tradição nessa cobertura

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Ricardo Feltrin

 

O ano de 2017 vai começar mal para profissionais e equipes esportivas de TVs abertas que têm tradição nessa cobertura. Sem exceção, todas já estão fazendo demissões pontuais nas últimas semanas, de forma a não chamar muito a atenção. E os cortes também devem atingir a TV paga…

E já rolou a festa…

O motivo é simples: após quatro anos consecutivos de investimento, iniciados em 2012 com os preparativos para a cobertura da Copa e a Rio 2016, o doce simplesmente acabou…

Tadinha

O canal aberto que certamente sofrerá mais demissões (proporcionalmente) é a Band. O canal perdeu a histórica parceria com a Globo este ano: ficará sem Campeonato Brasileiro e também sem os estaduais em 2017. A equipe que cobriu os Jogos Olímpicos já está sendo desmontada há semanas…

Todo mundo

Mesmo a poderosa Globo, eterna rainha do monopólio do futebol brasileiro, também já está promovendo cortes de gastos e de pessoal (o bom repórter Bruno Laurence foi uma das primeiras vítimas, na semana passada). Até os canais SporTV (Globosat) também vão sofrer na carne. O próximo ano, de forma geral, será bastante sombrio para o jornalismo na TV.

Continua a pedido

Raul Gil deve continuar no SBT pelo menos até fevereiro. O pedido foi do apresentador, que não queria demitir a equipe em plenas festas de fim de ano. Silvio aquiesceu.

Continua a pedido 2

Gugu Liberato também pode continuar no ar na Record em dezembro e janeiro. Também a pedido do próprio apresentador, que não quer sair de férias. A negociação para renovação de contrato com a emissora está quase fechada.

Segredo

A RecordNews, canal UHF da Record, não sabe mais que rumo seguir. A emissora nasceu para ser uma concorrente de peso para a Globonews, mas em termos de audiência virou um fiasco. Hoje, aluga até parte da grade para a Igreja Universal e programas caça-níqueis, como de leilão de relógios. Como eu disse quatro notinhas atrás, o próximo ano vai ser bastante sombrio para o jornalismo.

Delírio

Em conversa recente com dois apresentadores de TV aberta, Marcos Mion (Record) e Serginho Groisman (Globo), esta coluna perguntou a eles se levar “youtubers” – a nova praga onipresente da mídia – como convidados realmente melhora a audiência dos programas. A resposta de ambos foi a mesma: não; “youtuber” não dá audiência em TV.

A ira dos ‘semideuses’

Luan Santana e Ivete Sangalo arrumaram uma boa desculpa para não ir a programas da Record: dizem que não vão aceitar mais convites por causa da língua maledicente da colunista de fofocas Fabíola Reipert, do quadro A Hora da Venenosa, em São Paulo. Cascata. Eles nunca se sentiram à vontade na emissora. Sangalo, convenhamos, ainda tem estofo e carreira para seguir em frente com ou sem Record. Mas… Luan Santana abrindo mão de TV aberta?

Vergonha alheia

Na Band, terminou o X-Factor. O cenário foi bonito, e só. A atração foi uma decepção desde a fase inicial. Desorganização, péssimas escolhas de candidatos e jurados afetados são alguns dos motivos para o fracasso. Em termos de audiência, então, foi constrangedor. Variou no ibope entre 1,7 ponto e 2,5 pontos na Grande São Paulo. É menos do que a Band dá com novelinhas turcas.

(AF) (A Tarde)