Esporte

Seleções desistem de usar braçadeira de protesto contra homofobia, após pressão da Fifa

Inglaterra, Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca recuaram da decisão

Federação Alemã de Futebol
Federação Alemã de Futebol

As seleções da Inglaterra, Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca desistiram de utilizar a braçadeira "ONE LOVE"  na Copa do Mundo do Catar. O acessório demonstra apoio à comunidade LGBTQIAP+, que sofre represália no país.

A decisão aconteceu após uma pressão da Federação Internacional de Associações de Futebol (Fifa), que afirma que os capitães que utilizarem a braçadeira serão penalizados esportivamente com um cartão amarelo, antes mesmo do início da partida e multa para o jogador.

"Você não quer que o capitão comece a partida com um cartão amarelo. É por isso que é com o coração pesado que nós, como grupo de trabalho da Uefa… e como equipe, decidimos abandonar nosso plano", diz a declaração conjunta dos times europeus.

 

Anteriormente, mesmo com as possíveis punições, as seleções teriam optado por dar continuidade ao plano. Após a mudança de planos, comunicado explicou o recuo. “Estávamos preparados para pagar multas que normalmente se aplicariam a violações dos regulamentos do kit e tínhamos um forte compromisso de usar a braçadeira (…) No entanto, não podemos colocar nossos jogadores na situação em que possam receber um cartão amarelo ou até mesmo serem forçados a deixar o campo de jogo”, disse a nota.

A homossexualidade é crime no Catar, proibida pelo Código Penal de 2004, que criminaliza atos de “sodomia” e “relações sexuais” entre pessoas do mesmo sexo. Estas disposições acarretam uma pena máxima de sete anos de prisão para homens ou mulheres.