Foi em Salvador a última atuação convincente da Seleção Brasileira. Contra o Peru, em novembro, na Fonte Nova, a equipe venceu por 3 a 0. Depois disso, o selecionado só venceu Panamá, em amistoso, por 2 a 0, e o fragilíssimo time do Haiti, por 7 a 1.
É naquela partida, disputada há quase nove meses, que o Brasil se inspira para vencer a atual crise. Em dois jogos na Olimpíada, o time comandado pelo baiano Rogério Micale empatou sem gols contra as frágeis África do Sul e Iraque. Nesta quarta-feira, 10, enfrenta a Dinamarca, às 22h, na Fonte Nova, precisando vencer para avançar às quartas de final.
"Salvador é um lugar que me traz sorte. Foi aqui o meu primeiro gol na seleção (marcou o segundo sobre o Peru). A torcida apoia muito, e isso, num momento tão difícil como esse, vai fazer toda a diferença", disse Renato Augusto, um dos mais experientes do grupo, ao lado do goleiro Weverton, com 28 anos.
Micale, 47 anos, volta com um peso enorme para a sua cidade natal: "Será a partida mais importante da minha carreira. Como sou baiano, gostaria que meu povo abraçasse a seleção. Apesar de ter vivido pouco tempo aqui, sinto muito orgulho de ser baiano e gostaria que nossa arrancada começasse em Salvador".
(A Tarde) (AF)