O Paris Saint-Germain perdeu muitos gols, viu o goleiro Pichot ter a partida de sua carreira, mas fez valer a superioridade sobre o Les Herbiers para faturar a Copa da França. Na decisão desta terça-feira, a equipe da capital encarou o rival da terceira divisão nacional no Stade de France e garantiu o troféu ao vencer por 2 a 0, ainda sem o lesionado Neymar.
Foram quatro finalizações parisienses que encontraram a trave e outras tantas que pararam em grandes defesas de Pichot, mas em nenhum momento o time da terceira divisão pareceu capaz de incomodar o adversário. Melhor para o PSG, que chegou ao 12.º título do torneio, agora dois a mais que o Olympique de Marselha, se estabelecendo como o maior campeão do torneio. De quebra, faturou a “tríplice coroa”, com as conquistas também do Campeonato Francês e da Copa da Liga Francesa.
Novamente, o PSG não teve em campo Neymar, que vive fase final de recuperação da cirurgia no quinto metatarso do pé direito realizada em 2 de março, em Belo Horizonte. Desta vez, porém, o brasileiro acompanhou de perto o sucesso de seus companheiros, ao lado do também lesionado Verratti, nas tribunas do estádio.
Mesmo sem Neymar, os primeiros minutos do confronto foram um verdadeiro massacre. O Les Herbiers, assustado, tentava se fechar na defesa, mas era facilmente dominado pelo PSG. Aos quatro minutos, Lo Celso aproveitou sobra após cruzamento para a área e bateu de canhota, na trave. Aos sete, Mbappé recebeu lançamento longo, desviou como pôde e também acertou a trave.
Mas o dia era mesmo de Lo Celso, que voltaria a parar na trave aos 19, quando girou sobre a marcação e finalizou colocado. Só que aos 25, não teve jeito. O jovem meia argentino recebeu pela direita, cortou para o meio e bateu de longe, no canto, sem chances para o goleiro.
Com o primeiro gol, o PSG diminuiu o ritmo, até porque o Les Herbiers sequer ameaçava ir ao ataque. Daniel Alves e Cavani tentaram ainda na primeira etapa, mas erraram o alvo por pouco.
Na volta para o segundo tempo, Cavani e Mbappé fizeram linda tabela, com toque de letra de ambos. O uruguaio saiu de frente para Pichot, que desviou e ainda viu a bola tocar na trave antes de sair. No minuto seguinte, Lo Celso cruzou da esquerda, Marquinhos tentou e a zaga afastou. Mbappé ficou com a sobra e marcou, mas o juiz, avisado pelo árbitro de vídeo, marcou um toque de braço do brasileiro.
O PSG seguiu em cima, e aí apareceu a estrela de Pichot. Aos oito, ele fez grande defesa em finalização de Yuri. Já aos 24, após cruzamento de letra e finalização de Mbappé à queima-roupa, mas mascada, mostrou agilidade para impedir o segundo mais uma vez.
Só que aos 27, Cavani recebeu novamente com liberdade na área e driblou Pichot, que o tocou por baixo e cometeu pênalti. O próprio uruguaio cobrou firme, no canto direito do goleiro, que até chegou a desviar a bola, mas desta vez não conseguiu evitar o gol. A partir daí, foi só administrar o tempo para comemorar mais um título.
Estadão // AO