Divisão de Base de Árbitros de Futebol

Projeto social de arbitragem forma jovens talentos na Bahia

Saiba como funciona o projeto e conheça os talentos formados para a arbitragem brasileira

Foto: PSNotícias
Foto: PSNotícias

A Associação de Divisão de Base de Árbitros de Futebol (DBAF) é um projeto social baiano de arbitragem, o qual tem formado jovens talentos juízes de futebol. Presentes na cerimônia de lançamento do Campeonato Baiano 2025, realizada na última segunda-feira (16), integrantes da DBAF concederam uma entrevista exclusiva ao PSNotícias.

O projeto pioneiro no Brasil na temática arbitragem nasceu para não apenas formar árbitros de futebol de alta qualidade, mas também servir como uma ferramenta eficaz de inclusão social por meio da educação, do esporte, do futebol e da própria arbitragem.

O programa destina-se a crianças carentes e adolescentes de baixa renda de ambos os sexos, com até 17 anos. Dessa forma, o projeto busca, de uma forma pedagógica e interativa, qualificar cada vez a arbitragem brasileira.

Rildo Gois é presidente, fundador e coordenador do projeto e utiliza a experiência como árbitro de futebol e profissional formado de educação física para enriquecer o processo de formação de jovens talentos da arbitragem. Ao PSNotícias, Rildo explicou que a ideia de criar a DBAF surgiu a partir da falta de inicialização dos árbitros de futebol na infância da crianças.

“A cultura do futebol é só fazer jogador e nós viemos de uma perspectiva diferente, porque geralmente as crianças participam de natação, karate, futebol, balé, capoeira e não existia um estímulo para os árbitros começarem na base. Então a gente usa as regras do futebol como fermenta transformadora, onde trabalha a leitura, interpretação de texto, oratório, escrita. Com isso, os meninos participam de forma integral dos momentos, tanto teóricos como práticos, e vão desenvolvendo com o passar do tempo. Dentro dessa perspectiva, muitos deles começam a ter aquela paixão pelas regras do futebol”, explica Rildo.

Uma das provas vivas do sucesso do projeto se chama Luanderson Lima dos Santos, de 29 anos. O árbitro assistente fez parte da DBAF, onde formou grande parte do conhecimento que levou ele à maior entidade do futebol mundial. Depois de fazer parte da Federação Bahiana de Futebol (FBF), o baiano ingressou na FIFA no final da temporada 2022. Além disso, em outubro de 2024, ele foi aprovado no FIFA Test e seguirá na lista dos profissionais do apito da entidade na temporada 2025.

Em entrevista, o baiano relembrou a trajetória e agradeceu aos envolvidos no processo da carreira profissional dele. Além disso, ele também enalteceu a importância do apoio do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, à DBAF, desde quando ainda era presidente da FBF.

“Muito grato a Deus por ter essa oportunidade de ter conhecido o projeto há muitos anos atrás, projeto esse que é coordenado pelo presidente Rildo Gois, sou muito grato a Deus pela vida dele, que teve esse olhar diferenciado, que é esse olhar que a DBAF tem através do mesmo, que é ver talento onde muitas vezes as pessoas não veem talento. Os maiores talentos, tanto do futebol e também da arbitragem, foram descobertos na várzea, futebol de barro. Agradecer também a todos todos os amigos que acreditam nesse trabalho, que é um trabalho incansável, para ser árbitro de futebol e ser grato a Deus por todas essas pessoas que fizeram parte desse sucesso para hoje podermos falar que nós temos um árbitro assistente FIFA, que é baiano, que é da Bahia, que veio do Projeto de DBAF”, diz Luanderson.

Luanderson Lima em partida de futebol | Foto: Júnior Damasceno

Futuro da arbitragem

Além do sucesso do Luanderson, Anderson Silva, de 25 anos, também já é tratado como uma grande promessa para o futuro da arbitragem. Oriundo da DBAF, Anderson falou sobre a influência e importância do projeto na vida dele.

“O projeto mudou a minha vida, eu não tinha perspectiva nenhuma de ser árbitro de futebol. Conheci Rildo na faculdade, e na primeira vez ele me oportunizou para ser mesário na época, e aí eu já pude conhecer um pouco mais da arbitragem, me inteirar no meio e me apaixonei, foi paixão pela primeira vista. As pessoas falam que é loucura, mas é paixão”.

Explica o jovem

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