A coletiva concedida pelo técnico Tite na noite de quinta-feira (3) colocou pressão sobre os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), especialmente o presidente Rogério Caboclo. Segundo o portal UOL, o dirigente da seleção brasileira, que tem como mantra “o campo é sagrado”, mudou sua postura diante das insatisfações com a CBF e as chances de uma demissão após o jogo contra o Paraguai, na terça-feira (8) são grandes.
De acordo com a UOL, fontes próximas ao técnico da seleção brasileira afirmam que a paciência do gaúcho se esgotou e que ele ter admitido que a vinda da Copa América para o Brasil atrapalhou a preparação dos jogadores para as duas partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo, é um dos principais pontos de destaque.
Caboclo não gostou da postura do técnico e nem mesmo do coordenador de seleções, Juninho Paulista, mas seu momento na CBF é extremamente ruim, o que o deixa sem força na disputa. Ele recebe críticas internas, de funcionários da entidade, e externas, vindas de cartolas de clubes e dirigentes de federações.
Tite também iniciou conversas com os dirigentes sobre problemas de calendário. Quando percebeu que a briga não teria sucesso, passou a ser mais genérico ao falar desses problemas para evitar que a crise aumentasse. Desta vez, o técnico está disposto novamente a esquecer problemas políticos para focar na bola, mas se Caboclo insistir com uma postura pouco democrática, seu cargo está em jogo. Mais cedo, o colunista do UOL Andrei Kampff já tinha dado essa informação, que também foi confirmada pelo colunista Bruno Andrade e pela reportagem do UOL Esporte: o técnico pode entregar o cargo caso o dirigente não dê mais atenção aos seus atletas ou responda satisfatoriamente às demandas.