O Brasil faturou sua segunda medalha de ouro no Pan-Americano de Toronto. Desta vez, no tiro esportivo. Neste domingo (12), Felipe Wu foi o responsável por colocar o país no lugar mais alto do pódio, somando seu triunfo ao de Érika Miranda, no judô, no sábado. "Estava um pouco quente, mas estava quente para todo mundo. Acho que o resultado é fruto de 99% de concentração e 1 % de sorte. Eu cometi alguns erros, mas acho que errei menos do que os outros", comemorou.
Vice-campeão olímpico da juventude, o atirador de 23 anos foi comedido. Seu resultado na final em Toronto foi um dos melhores da história de sua prova, a pistola de ar de 10 metros. Ele marcou 201,8 pontos. Se tivesse conseguido essa performance na final do Mundial de 2014, em Granada, na Espanha, teria sido campeão. Até hoje, apenas sete atiradores conseguiram uma pontuação maior do que a do brasileiro.
O recorde mundial em finais é do coreano Jin Jongoh, com 206. Essa performance, porém, é fora da curva. Nos últimos dois anos, quando a regra das finais mudou (e o número de tiros de cada atleta na final aumentou), os medalhistas de ouro nas principais provas do circuito variaram entre 199 e 200 pontos. A minoria dos vencedores chegou aos 201, como Felipe.
Com esse resultado, o brasileiro confirma que é uma das apostas da equipe brasileira de tiro para os Jogos Olímpicos do ano que vem. Ele ganhou esse status no ano passado, quando foi vice-campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanning, na China – em 2012, já tinha ido para os Jogos Olímpicos de Londres como parte do programa de desenvolvimento de talentos do COB (Comitê Olímpico do Brasil), que leva jovens atletas para as Olimpíadas para se acostumar com o ambiente. "Estou bem empolgado. Esse ouro aqui mostra que eu já estou a meio caminho das Olimpíadas".