Esporte

Neymar volta à mira da Receita por compra de Porsche em 2011

A empresa que cuida dos direitos de imagem do jogador, a Neymar Sport e Marketing, é acusada recorrer a outra empresa, a Select Import.

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Ainda aos 17 anos, Neymar ganhou o carro após uma aposta com o pai. O desafio era que, além da conquista do Sul-Americano sub-20 daquele ano, o atacante deveria ser o artilheiro do torneio e marcar dois gols na final. Foi o que aconteceu. Além dos dois contra o Uruguai, o camisa 11, ainda franzino, fez nove ao todo e terminou a competição como o maior goleador. Como prêmio, um Porsche de primeiro carro.

A empresa que cuida dos direitos de imagem do jogador, a Neymar Sport e Marketing, é acusada recorrer a outra empresa, a Select Import, que recebeu R$ 60 mil para ser intermediária do negócio à época, para trazer o veículo ao Brasil naquilo que é conhecido, em termos legais, como “importação por encomenda não declarada”. Cerca de dois meses depois, o carro chegou ao Brasil de navio.

Comprado por uma outra empresa, a First, que foi responsável pela importação, o carro – originalmente comprado na cor branca – foi adesivado na cor amarela por pedido do jogador. Dois anos após a compra, a Receita autuou Neymar e a First por terem burlado a legislação aduaneira do Brasil. Como não tinha autorização para importar, a empresa do jogador se uniu a First para concluir o processo.

A defesa de Neymar afirmou todos os valores pertinentes à compra do veículo foram pagos à empresa que intermediou a compra, assim como a First, empresa responsável pela importação, garantiu que todos os meandros do processo foram feitos de maneira legal. Em um intervalo de um ano, a empresa do jogador teve duas representações para liberar o carro negadas pela Receita.

O carro, no entanto, não pode ir a leilão até uma decisão final da Justiça. Caso não consiga o Porsche de volta, a empresa que cuida da imagem de Neymar cogita cobrar a First o valor investido ou, até mesmo, um modelo semelhante ao Panamera.

Foto: Reprodução/Uol