Dois dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos, a antiga sede da Casa Daros, em Botafogo, despertava a atenção pela iluminação cor de rosa, pelos fachos de luz que subiam ao céu, pelas dezenas de seguranças nas redondezas e pela frota de Mercedes Benz, Land Rovers, Audis e outros automóveis de luxo, todos pretos, estacionados em frente ao local.
Dentro do prédio centenário recém-reformado, uma comitiva de homens e mulheres vestidos de longas túnicas e cabeças cobertas circulavam entre os salões decorados com motivos árabes, tapetes e objetos de luxo trazidos do Oriente Médio.
Todos falando árabe entre si, praticamente não interagiam com os demais convidados. No jantar, que seguia o rito halal como prevê o islamismo, ocuparam uma parte do vasto pátio interno do prédio separada dos demais convidados.
Acomodados em longas mesas que lembravam as de churrascarias, assistiram a apresentação de um quarteto de cordas, a uma queima de fogos de artificio que lançou fagulhas sobre os convidados e depois bateram em retirada..
(VJ) (AF)