Esporte

Leão teve cinco camisas 9 na Série A; Carpegiani mudará de novo

Vitória recebe o São Paulo sexta-feira (26), às 19h30, no Barradão

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Ninguém pode culpar Carpegiani, Mancini e o próprio Vitória de não ter tentado achar um centroavante para o Leão. Mas a equipe chega aos oito últimos jogos da temporada sem um dono definido para a tão fundamental camisa 9.

O foco da análise é na função de centroavante, e não na camisa 9 em si, já que, por causa da numeração fixa do rubro-negro no ano, ela ficou com o argentino Walter Bou.

O estrangeiro, por sinal, é o motivo da discussão ter retornado. Ele foi titular nos dois últimos jogos, diante de Chapecoense e Corinthians, e de novo não correspondeu.

Considerando apenas a Série A, Bou foi um dos cinco a jogar como camisa 9 titular do Leão. Além dele, teve Denílson, André Lima e Wallyson, ponta de origem, que foi improvisado numa partida. O outro ainda não citado é Léo Ceará, a quem Carpegiani irá recorrer novamente no duelo com o São Paulo, na sexta-feira (26), às 19h30, no Barradão, pela 31ª rodada.

“Eu tenho dado oportunidades a ele (Walter Bou), e é questão aproveitá-las ou não. A equipe foi bem contra a Chapecoense e ele foi, digamos, levado por isso. Então mantive”, explicou Carpegiani após o empate por 2×2 com o Corinthians.

“Sei que a torcida está no direito de criticá-lo. Pois eu tenho o direito de avaliá-lo. E não sou muito teimoso, não. Por isso, no próximo jogo, a princípio, a ideia é colocar Léo Ceará”, completou o técnico.

Entre os dois
Desde que estreou contra o Palmeiras, dia 19 de agosto, Carpegiani tem revezado entre os dois. Naquele jogo, manteve Bou, que vinha atuando com o interino João Burse, sucessor de Mancini.

Nos nove jogos seguintes, o titular foi Léo Ceará, que o atual técnico promoveu do sub-23. Como já foi dito, nas duas últimas partidas, Bou voltou.

André Lima nunca foi titular com Carpegiani, que deu a entender que o camisa 99 não tem condições físicas de jogar uma partida inteira. Ele entrou no decorrer de sete dos 12 jogos com o comandante.

O curioso é que Bou e Ceará são soluções recentes, já que chegaram ao elenco durante a pausa da Copa do Mundo. O primeiro, contratado; o segundo, promovido.

Antes da pausa, quem mais jogou como centroavante foi André Lima, titular em nove partidas, todas com Vagner Mancini. A última, inclusive, foi a goleada por 4×0 para o Atlético-PR, quando o técnico acabou demitido. Desde então, só saindo do banco.

Antes de André Lima, no começo da Série A, a opção era Denílson. Ele jogou cinco vezes como titular da posição. A última contra o Botafogo, pela 7ª rodada, em que inclusive fez gol no empate por 1×1, no Rio de Janeiro. Depois, foi negociado com o Atlético Mineiro.

Na tentativa de achar o 9, Mancini ainda improvisou o ponta Wallyson na posição contra o Santos, na 9ª rodada. Tomou 5×2 e nunca mais pôs a ideia em prática, exceto no decorrer de outras partidas.

Fechando a lista, Todinho, Lucas Fernandes e Luan, todos pontas de origem, chegaram a atuar na função no decorrer de alguns dos duelos.

Possibilidades
Se quiser inovar, Carpegiani pode promover Eron, artilheiro do Brasileiro de Aspirantes com oito gols. Ele diz observar o garoto de 20 anos: “É um dos que poderão ter oportunidade. Mas, no momento, pela dificuldade do campeonato e pelos outros que estamos disputando na base, é importante que ele jogue ali e a gente consiga os títulos”, alega. O Vitória está na semifinal do torneio sub-23, contra o Internacional.

Atacante contratado no final de agosto, Maurício não seria apropriado à função, segundo Carpegiani: “Ele tem características daquele 8,5, sabe? Você tem o 8, o meia, e o 9, o centroavante. Ele joga entre esses dois. Muito bom tecnicamente para chegar de trás e finalizar, como Neilton”.

Correio // AO