Esporte

John John leva virada na final e Jeremy Flores vence etapa de Pipeline

Flores bateu John John, que já havia entrado na semifinal como campeão

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Flores bateu John John, que já havia entrado na semifinal como campeão - Foto: Brian Bielmann | AFP

John John Florence tinha tudo para coroar seu bicampeonato no Circuito Mundial de Surfe com uma vitória na tradicional etapa de Pipeline, no Havaí, nesta segunda-feira (quase madrugada de terça, no horário de Brasília). Mas, na final da disputa, o surfista local levou uma virada do francês Jeremy Flores, que faturou o troféu da etapa.

Flores bateu John John, que já havia entrado na semifinal como campeão, por 16,23 a 16,16. O francês conquistou a vitória somente em sua última onda, ao pegar belo tubo de direita, surpreendendo o público local, que queria o triunfo absoluto do havaiano. Foi a segunda vez que Flores venceu a etapa de Pipeline – a primeira foi em 2010.

O surfista francês havia sido o algoz de Gabriel Medina nas quartas de final. A derrota acabara com as chances de título do brasileiro, que também precisava de um tropeço de John John antes da final para chegar ao bicampeonato.

Na semifinal, Flores despachara o norte-americano Kanoa Igarashi por 12,20 a 11,33. No outro duelo desta fase, o brasileiro Ian Gouveia foi derrotado justamente por John John, num equilibrado confronto, por 12,56 a 12,33.

Gouveia havia entrado na disputa em Pipeline com a meta de ir longe para se garantir na elite do surfe mundial em 2018. Para tanto, precisava chegar à final, o que não aconteceu. Assim, vai depender de um convite da organização para competir no Circuito Mundial novamente no próximo ano.

Comemoração 

Mesmo com o vice da etapa de Pipeline, John John celebrou e muito o bicampeonato. Diferentemente do ano passado, quando faturou o título com antecedência, desta vez ele festejou a oportunidade de sacramentar a conquista diante de sua torcida, no Havaí. "Vencer em casa era o meu sonho", desabafou o surfista. "Foi uma disputa muito tensa, mas foi incrível", comemorou.

O havaiano tratou de elogiar o desempenho de Medina, que cresceu forte na segunda metade da temporada. "Gabriel estava tão bom lá na água. As últimas baterias foram assustadoras", admitiu John John, que disse ter evoluído bastante neste ano. "Aprendi muito sobre mim mesmo neste ano, diante de toda a pressão [de defender o título]", declarou.

Estadão Conteúdo // AO