Esporte

Jogadores que atuaram no Campeonato Baiano foram alvo de apostadores, diz Ministério Público

Caso está sendo investigado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO)

Victor Ferreira/ECV
Victor Ferreira/ECV

Jogadores que atuaram pelo Campeonato Baiano em 2023, assim como atletas que participaram de outros sete campeonatos estaduais este ano foram alvo de apostadores interessados em influenciar os resultados de partidas visando benefício próprio. É o que apontam as investigações realizadas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) que tem buscado ampliar a  a rede de financiadores, apostadores e jogadores que participavam da fraude.

De acordo com o Estadão, que teve acesso aos documentos das fases 1 e 2 da Operação Penalidade Máxima, são quase 2000 páginas de anotações, registros, prints de conversas no WhatsApp que retratam todo o esquema. O objetivo, agora, é ampliar a rede de financiadores, apostadores e jogadores que participavam da fraude. 

Junto com o oferecimento da última denúncia à Justiça, um novo procedimento investigatório foi iniciado pelo MP-GO, que começou a investigação após denúncia da operação fraudulenta feita pela diretoria do Vila Nova, clube goiano. Assim, a relação de jogadores envolvidos e de clubes que teriam sido prejudicados pela quadrilha pode aumentar.

“Maravilha, irmão. Então vamos ver com quem a gente consegue casar. Eu tô com contato no campeonato mineiro, tô com contato no campeonato paranaense, tô com contato no campeonato paulista, tô com contato no campeonato baiano, tô com contato no campeonato, cearense”, diz, por mensagem de áudio, Thiago Chambó, em 4 de janeiro. Ele é apontado como um dos líderes do esquema. 

“Não, é isso que eu ia te falar. Eu tenho aqui no mineiro, tenho no carioca, tenho no paulista, tenho nesse sergipano, tá ligado? E tenho no goiano”, responde Bruno Lopez, outro ‘liderança’ das fraudes das apostas, de acordo com o Ministério Público de Goiás. Ambos foram presos. Bruno agia com sua mulher Camilla Motta.

O advogado de Bruno Lopez e Camilla Motta, Ralph Fraga, afirmou à publicação paulista que “ainda precisa conhecer a íntegra do processo para se manifestar a respeito”. A defesa de Thiago Chambó, conduzida pelo advogado William Albuquerque de Sousa Faria, “lamenta a devassa feita na vida do seu cliente e reafirma que esclarecerá todos os pontos da acusação do Ministério Público”.