Futebol

Japão perde, mas se classifica pela regra dos cartões

Os japoneses, porém, estão nas oitavas de final do Mundial graças à Colômbia

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Crédito: Philippe DESMAZES / AFP

Depois de duas boas atuações, a seleção do Japão decepcionou e foi superada pela já eliminada Polônia por 1 a 0 nesta quinta-feira, em Volgogrado, pela rodada final do Grupo H da primeira fase da Copa do Mundo da Rússia. Os japoneses, porém, estão nas oitavas de final do Mundial graças à Colômbia, que venceu o Senegal pelo mesmo placar, em Samara, e ao critério disciplinar que serviu para definir a sua classificação.

A seleção asiática terminou a primeira fase com os mesmos quatro pontos de Senegal e o mesmo saldo de gols, mas avançou em segundo da chave por ter dois cartões amarelos a menos que a equipe africana. Os colombianos passaram ao mata-mata como líderes do grupo, com seis pontos.

Nas oitavas de final, o Japão enfrentará o primeiro colocado do Grupo G, que será Bélgica ou Inglaterra – os dois se enfrentam ainda nesta quinta no fechamento da primeira fase do Mundial. Este duelo que valerá uma vaga nas quartas será na próxima segunda-feira, às 15 horas (de Brasília), em Rostov.

Depois de duas derrotas que culminaram com a eliminação precoce do torneio, a Polônia evitou o vexame de ir para a casa com três resultados negativos na primeira fase, o que nunca aconteceu em sua história nas Copas. Craque da equipe, o atacante Lewandowski mais uma vez não balançou as redes e se despede do Mundial sem gols. Bednarek fez o gol da única vitória polonesa na Rússia.

O JOGO – Com a possibilidade de atuar pelo empate para se classificar, o técnico japonês Akira Nishino se deu ao luxo de preservar alguns jogadores importantes, como Hasebe, Kagawa, Inui e Osako. Mudou consideravelmente o setor ofensivo e viu o time ter uma atuação ruim na primeira etapa.

Talvez pelo desentrosamento das peças ofensivas, o time asiático criou pouco em comparação com os dois jogos anteriores e não levou muito perigo ao gol polonês. A Polônia, sem estar sob pressão por já estar eliminada, teve a melhor chance de descer aos vestiários em vantagem no cabeceio de Grosicki, que exigiu do goleiro Kawashima uma das defesas mais bonitas desta Copa.

Kawashima foi buscar a bola antes de ela ultrapassar a linha. Os poloneses reclamaram alegando que a bola havia entrado, mas o a tecnologia do chip mostrou que o goleiro impediu que ela ultrapassasse toda a linha.

Na etapa final, a Polônia seguiu melhor. Bem postados defensivamente, os poloneses foram letais em busca de uma despedida positiva da Rússia. Aos 14 minutos, Kurzawa cobrou falta na área e Bednarek completou de primeira para abrir o placar e pressionar o rival, que, naquele momento, ficava sem a vaga nas oitavas de final, já que Colômbia e Senegal empatavam sem gols.

Nishino mandou a campo Hasebe, Inui e Osako, mas as entradas dos jogadores não surtiu o efeito desejado. A seleção asiática até pressionou, mas em nada lembrou o time dos dois primeiros jogos e foi incapaz de conseguir o empate. Pelo contrário, ficou mais perto de levar o segundo gol, que poderia ter vindo em finalização de Lewandowski. O astro do Bayern de Munique perdeu chance incrível, sozinho dentro da área.

A seleção japonesa não fez sua parte em campo, mas, mesmo assim, garantiu sua classificação às oitavas de final graças à Colômbia e ao critério disciplinar que o deixou na frente de Senegal. Essa é, por sinal, a terceira vez na história que o Japão avança para esta fase do Mundial – as outras foram nas Copas de 2002 e 2010.

FICHA TÉCNICA

JAPÃO 0 x 1 POLÔNIA

JAPÃO – Kawashima; Sakai, Yoshida, Makino e Nagatomo; Yamaguchi, Shibasaki, Sakai, Okazaki (Osako) e Usami (Inui); Muto (Hasebe). Técnico: Akira Nishino.

POLÔNIA – Fabianski; Bereszynski, Glik e Bednarek; Kurzawa (Peszko), Krychowiak, Goralski e Jedrzejczyk; Zielinski (Teodorczyk), Grosicki e Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka.

GOL – Bednarek, aos 14 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Janny Sikazwe (Fifa/Zâmbia).

CARTÃO AMARELO – Makino (Japão).

PÚBLICO – Não disponível.

LOCAL – Arena Volgogrado, em Volgogrado (Rússia).

Estadão // AO