O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, foi formalmente acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade. A denúncia foi protocolada no início da tarde desta sexta-feira (4) na Comissão de Ética da CBF e da Diretoria de Governança e Conformidade.
Segundo o GE, os abusos teriam ocorrido contra uma funcionária, autora da denúncia, que detalhou episódios vividos por ela desde abril de 2020. No documento, ela afirma ter provas de todos os fatos narrados e pede que o dirigente seja investigado e punido com o afastamento da entidade e, também, pela Justiça Estadual.
Dentre as acusações feitas pela funcionária estão constrangimentos sofridos por ela em viagens e reuniões com o presidente e na presença de diretores da CBF. Na denúncia, a funcionária detalha o dia em que o dirigente, após sucessivos comportamentos abusivos, perguntou se ela se "masturbava". Entre outros episódios graves, o presidente da CBF tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de "cadela". Procurado pelo GE, Rogério Caboclo não se pronunciou sobre a denúncia.
A funcionária afirma ainda que ela teve sua vida pessoal exposta diante de outros funcionários, com narrativas falsas criadas pelo presidente acerca de supostos relacionamentos que teria tido no âmbito da CBF. Segundo a denúncia, durante todo o período em que os abusos ocorreram, o presidente estava sob efeito de álcool. No documento, ela relata pedidos de Caboclo para que ela escondesse bebidas em lugares previamente combinados, para que o dirigente pudesse beber ao longo do expediente.
O documento foi enviado por e-mail ao presidente da Comissão de Ética e ao diretor André Megale, responsável pela Governança e Conformidade.